Após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto do Novo Ensino Médio (NEM), a deputada estadual Bia de Lima (PT) celebrou a iniciativa, apesar de reforçar que os profissionais da educação esperavam mais ousadia. 

A lei foi sancionada na última quinta-feira, 1º, com alguns vetos. As redes de ensino terão até o fim de 2024 para adequar a oferta de professores à nova lei. 

“O presidente Lula sancionou o NEM, o que foi muito importante, pois atendeu algumas necessidades, mas outras não foram possíveis, queríamos que fosse um projeto mais ousado. Mas é salutar que agora o Brasil tenha uma lei que ampara o ensino médio, isso era algo que exigia urgência do Ministério da Educação (MEC)”, disse a deputada. 

Nos três anos do ensino médio, a carga horária não muda - permanece como é hoje, com três mil horas. Mas a divisão entre as disciplinas obrigatórias e as optativas - de aprofundamento de conhecimento em áreas específicas - vai mudar. Hoje, são 1,8 mil horas para as obrigatórias e 1,2 mil para as optativas. As obrigatórias crescem para 2,4 mil horas e optativas passam para 600 horas.

A lista de disciplinas obrigatórias aumentou. Além de português, matemática, educação física, arte, sociologia e filosofia, entram inglês, ciências da natureza e ciências humanas. O espanhol segue sendo matéria optativa.

Outro ponto destacado pela parlamentar foi a manutenção do formato do Enem. Segundo ela, o presidente decidiu que a prova siga na mesma dinâmica para que os estudantes não sejam prejudicados. Com isso, as provas do Enem seguem cobrando apenas o conteúdo básico, que é igual para todos. As mudanças só devem ocorrer nos anos seguintes. 

“A manutenção do formato do Enem é muito importante, porque os alunos já estão em curso. As mudanças podem desestabilizar a formação e os resultados dos alunos nesse momento, então foi acertada a decisão”, completou ela.