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A convite de Bia de Lima, entidades sindicais discutem mudanças no Ipasgo

14 de Agosto de 2024 às 09:38
A convite de Bia de Lima, entidades sindicais discutem mudanças no Ipasgo

A deputada estadual Bia de Lima (PT) promoveu, na tarde desta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa de Goiás, um encontro com representantes de entidades sindicais de Goiás, para discutir as mudanças no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). Bia de Lima chamou a atenção para o sucateamento do Plano de Saúde dos servidores estaduais após as mudanças no regime jurídico do órgão.

“Chamamos os sindicatos dos servidores públicos para discutir, pois as mudanças no Ipasgo estão sendo feitas à revelia, sem a devida orientação e consulta aos principais interessados no assunto, que são os próprios usuários, e isso é um problema sério. Estão todos insatisfeitos, os usuários, os servidores do próprio órgão e os prestadores também. Todos foram impactados com as mudanças que deixam muitas dúvidas. Precisamos tomar as medidas necessárias para proteger o nosso plano de saúde. Por isso, já fiz o convite para uma nova audiência, desta vez com o presidente do Ipasgo, para que tenhamos respostas para todas as dúvidas em relação a essas mudanças”, apontou a deputada.

Bia de Lima fez uma retrospectiva sobre as mudanças que aconteceram no plano desde a mudança no regime jurídico, quando o serviço passou a seguir as regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo ela, era sabido que as mudanças não seriam atendidas. “É óbvio que gostaríamos de ter um plano de saúde redondinho, mas as condições que pagamos o Ipasgo, algumas coisas não são viáveis. Prometeram mais especialidades, mais médicos, mas não falavam sobre os aumentos”, lembrou ela.

Presente na reunião, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Luzineia de Souza Vieira, que também é membro do Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI), falou sobre a história vendida para os usuários, sobre as melhorias do instituto.

“As informações iniciais eram todas de que o Ipasgo seria superavitário, com possibilidades de crescimento, apontamentos positivos, expectativas boas, não se vendia nenhuma dificuldade. A história de que o Ipasgo seria melhor e maior ninguém nunca engoliu, mas que o rol de procedimentos poderia ser maior é algo que poderia acontecer, mas não dá para jogar essa conta no colo de quem já é beneficiário, então quem vai arcar com isso é quem vai entrar”, disse ela.

Ainda segundo a presidente do Sindsaúde, houve problemas não apenas com a empresa contratada para fazer a gestão do instituto, bem como no próprio órgão. “Após contrato com uma empresa, que seria responsável por fazer a auditoria das contas do plano, as coisas começaram a se complicar. Sabemos que durante muito tempo o Ipasgo foi fonte de desvios e a nossa grande questão sempre foi essa, a auditoria das contas do instituto. Dificuldades não eram apenas da empresa, eram também da diretoria do Ipasgo, pessoas que nem eram de Goiás. As informações que deveriam ser repassadas para a empresa, para que tivessem condição de fazer o transporte de dados, não aconteceu”, apontou ela.

Já a representante do Sintego no CDI, Lucieny Santos, afirmou que o órgão está no limbo, pois ainda está num processo de transição, mas o Ipasgo ainda não foi aceito na ANS, pois está sem autorização para funcionar. “O Governo não conhecia esse trâmite, vemos com preocupação o desconhecimento do Governo de Goiás sobre isso e o general responsável pelo processo não está mais aqui. Agora, temos uma mudança no sistema que está travando os procedimentos dos usuários”, apontou ela.

Em sua participação, o presidente do Sindipúblico e também membro do CDI, Nylo Sérgio, afirmou que a direção do Ipasgo repassou aos conselheiros que o plano está com um déficit mensal de R$ 20 milhões, chegando a uma ordem de R$ 240 milhões anual. “Hoje o Ipasgo faz toda essa auditoria por meio de sistema, mas estamos com um atraso de sete meses. Agora, o sistema foi implantado, mas não teve nenhuma preparação, não houve divulgação alguma com as entidades da rede credenciada e estamos tendo dificuldade com tudo, até na marcação de consultas”, disse ele.

Rodrigo Esteves, presidente da Associação dos Técnicos Governamentais de Goiás (Astego), afirmou que o CDI não tem caráter de gestão ou decisão. Ele criticou a forma como as coisas são apresentadas para o conselho. “No início, tudo que era apresentado era positivo, estávamos preocupados com a melhora no atendimento. Mas agora estamos vendo um problema generalizado. Do que estávamos aguardando só estamos tendo prejuízos. O que tínhamos um pouco melhor no Ipasgo, agora temos o pior na ANS. Precisamos cobrar um planejamento futuro sobre o que vai ser feito”, declarou. 

Como encaminhamento, as entidades firmaram um acordo para a assinatura de um documento, que tenham expostas as preocupações das entidades representativas com as mudanças feitas no Ipasgo e cobrando do Governo de Goiás soluções em nome de todos os credenciados. Tal registro será entregue ao presidente do Ipasgo, Vinícius Luz, na reunião marcada para a próxima semana, que deve acontecer também na Alego.

Gabinete Dep. Bia de Lima Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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