Durante a Ordem do Dia desta quarta-feira, 30, na Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Gustavo Sebba (PSDB) levantou questionamentos sobre irregularidades no processo licitatório da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O parlamentar apontou que seis servidores, que participaram do Conselho de Licitação em 2021, estão sob investigação por supostos erros graves na análise das propostas para a gestão do Hospital Estadual Centro Norte Goiano, em Uruaçu.

O deputado destacou que o Tribunal de Contas do Estado recomendou a abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) após identificar possíveis falhas no julgamento das propostas apresentadas. “Esse PAD foi instaurado por recomendação do Tribunal de Contas do Estado, que levantou a hipótese de que os servidores em questão teriam deixado de julgar adequadamente e apreciar as propostas de trabalho”, afirmou Sebba. Ele também alertou que dois dos seis investigados permanecem no Conselho de Licitação, enquanto o Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), contratado para a gestão, é alvo de questionamentos em outros estados.

Como presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Gustavo Sebba cobrou a abertura de um inquérito policial para investigar possíveis crimes nesse processo. “Precisamos entender a gravidade da situação. Quais seriam esses erros grosseiros? A ausência de julgamento adequado ocorreu apenas neste processo? Será que não aconteceu de novo, inclusive nos atuais?”, questionou.

Em outra frente, durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 29, Sebba criticou a postura do Governo de Goiás diante dos servidores públicos, especialmente em relação aos professores estaduais e ao plano de carreira da categoria. Segundo o deputado, o governador Ronaldo Caiado demonstra falta de compromisso com o servidor público ao promover cortes de recursos e confrontar os profissionais da educação.

Sebba também condenou uma recente atitude da secretária de Educação, Fátima Gavioli, que, segundo ele, teria respondido de forma insensível a uma professora que pediu permissão para levar o filho ao médico, afirmando que a mãe deveria procurar outro emprego caso não estivesse satisfeita. A situação resultou na demissão da servidora. “É uma secretária que ganha mais de R$ 20 mil e tem muitas mordomias à disposição. Chega a ser vergonhoso ela falar para uma mãe, com uma criança de colo, que é um problema dela se a criança passar mal”, criticou.

Esses temas trazidos por Gustavo Sebba refletem sua atuação firme na defesa dos servidores e da transparência nas instituições públicas, reforçando seu compromisso com a ética e a valorização do serviço público.