O deputado estadual Mauro Rubem, líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), denuncia o aparelhamento da Polícia Militar (PM-GO) pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que, por meio da Lei nº 23.118, de 27 de novembro de 2024, de autoria da própria Governadoria, alterou a forma de promoção ao posto máximo da carreira militar: o de coronel.

Dessa forma, o próprio governador, desprezando o critério da antiguidade, pode escolher, livremente, dentre todos os tenentes-coronéis, quais serão os futuros coronéis, quebrando a hierarquia e a disciplina.

O deputado Mauro Rubem explica que “ele fez isso de uma maneira muito sórdida. Em primeiro lugar ele altera a regra e passa a permitir que um tenente-coronel, com pouco tempo de atividade, possa virar coronel. Dessa forma, ele acabou com a hierarquia e a disciplina na promoção, que antes levava em consideração a antiguidade, a experiência e a confiança desses policiais para serem promovidos”.

Segundo o deputado, a consequência imediata da alteração da lei é que “aquele tenente coronel promovido rapidamente por bravura, que é uma outra excrescência do Caiado, poderá virar coronel da Polícia Militar sem a devida hierarquia e experiência, para abrir vagas para os seus apaniguados”.

Outra alteração ocorrida no plano de carreira é sobre a aposentadoria compulsória dos coronéis. Mauro Rubem afirma que “Caiado impõe uma outra coisa grave contra a nossa PM, que é a aposentadoria compulsória, obrigatória, com apenas seis anos de exercício de coronel, antes eram oito. Aliás, Caiado vai aproveitar essa mudança para aposentar os indesejáveis que estão brigando para manter a polícia como a instituição com menor interferência política eleitoreira possível.

As alterações nas regras da carreira vão fazer com que os maiores prejudicados nessas mudanças sejam os majores e os tenentes-coronéis com mais tempo de farda. Rubem destaca que eles vão ficar estagnados.

Falta de efetivo e medidas cabíveis

Dados da Segurança Pública de Goiás demonstram que a PM precisa de mais efetivo, precisa de praças e de soldados. O déficit chega a 20 mil policiais. Os policiais estão adoecidos, com excesso de jornadas de trabalho e cobranças por mais produtividade.

O deputado Mauro Rubem diz que a intenção do governador Caiado é perpetuar as indicações políticas no alto escalão da PM, desprezando a segurança pública de Goiás. “Diante dessa atitude inconsequente do Caiado contra a Polícia Militar, nós vamos recorrer judicialmente em todas as instâncias para exigir respeito aos profissionais e, sobretudo, dando dignidade para todos aqueles que precisam da segurança pública.

Foto: Agência Alego/Carlos Costa

Contato: Gabinete 15 da Alego (62) 3221-2507

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