Durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária híbrida realizada nesta segunda-feira, 14, o deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB) fez duras críticas à condução da Secretaria Estadual da Saúde, sobretudo em relação à atuação do atual titular da pasta, Rasível Santos, e aos contratos firmados com a organização social (OS) Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ).

Sebba denunciou que a HMTJ, que já responde por diversas acusações de corrupção e improbidade administrativa em outros estados, vem sendo amplamente beneficiada com contratos milionários em Goiás. “Essa OS já assumiu a gestão da Policlínica de Goiás, dos hospitais estaduais de Jaraguá, Águas Lindas, Itumbiara, Aparecida de Goiânia, e está prestes a assumir a unidade de Jataí. São mais de R$ 50 milhões por mês em contratos”, alertou o parlamentar.

De acordo com o deputado, os dirigentes da HMTJ são réus em ações penais por formação de organização criminosa e chegaram a ser alvos de operações da Polícia Federal. “Estamos falando da mesma organização envolvida nos escândalos que culminaram na prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Como é possível trazer esse tipo de gestão para a saúde pública goiana?”, questionou.

Sebba também cobrou uma resposta firme da Assembleia Legislativa frente às denúncias. “A população está sofrendo, enfrentando filas de até cinco anos para conseguir uma cirurgia eletiva, enquanto assistimos a gestão da saúde ser entregue a grupos investigados. O mínimo que essa Casa pode fazer é convocar o secretário Rasível dos Santos para que preste esclarecimentos. Se for necessário, que se abra uma CPI. Se tudo estiver certo, não há motivo para temer.”

Ao final do pronunciamento, Gustavo Sebba reiterou a importância do papel fiscalizador do Legislativo. “Essa Casa tem obrigação de agir diante dos indícios de irregularidades. Se não tomarmos uma atitude agora, quem pagará a conta será a população goiana.”