Durante audiência pública realizada nesta semana, pela Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o deputado estadual Antônio Gomide (PT) cobrou do governo estadual a recomposição do percentual de 2% do orçamento estadual para a Universidade Estadual de Goiás (UEG), conforme previa a Constituição estadual até 2019. A audiência teve como objetivo a apresentação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 e contou com a presença do secretário da Economia, Francisco Sérvulo Freire Nogueira.

Antônio Gomide destacou que o atual repasse para a universidade gira em torno de R$ 430 milhões, valor que, representa pouco mais de 1% da receita corrente líquida do Estado, hoje estimada em cerca de R$ 47 bilhões. Se respeitado o percentual anteriormente previsto na Constituição, a UEG deveria receber mais de R$ 800 milhões. Aliada à independência administrativa, a instituição poderia contemplar o Plano de Carreira e Remunerações (PCR) dos servidores técnico-administrativos da instituição.

“Nós achamos e concordamos que está aumentando [o repasse], só que 2% daria mais de R$ 800 milhões. Essa discussão do técnico-administrativo talvez pudesse ser resolvida se nós tivéssemos autonomia dentro da UEG para não ficar junto à Secretaria de Administração ou à Secretaria da Economia”, afirmou o parlamentar.

Antônio Gomide defendeu a autonomia administrativa e financeira da universidade, apontando que a vinculação a outras pastas tem dificultado avanços internos, como a implementação do PCR dos técnicos-administrativos. O deputado lembrou que, em 2023, o Legislativo aprovou melhorias salariais para mestres, doutores e pós-doutores da instituição, mas que os técnicos seguem aguardando definição sobre seus direitos.