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Antônio Gomide reforça apoio aos técnicos-administrativos da UEG por PCR

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) reforçou apoio aos servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A categoria está em greve em defesa da continuidade das negociações do Plano de Carreira e Remuneração (PCR). O movimento, articulado pelo Sindipúblico e com apoio da ASTUEG, reivindica valorização profissional, incluindo gratificação por titulação, progressão na carreira e reconhecimento das condições orçamentárias já aprovadas pelo Conselho Superior da universidade.
Antônio Gomide ressalta que a falta de diálogo e o desrespeito às tratativas já encaminhadas ferem a autonomia universitária e o direito dos trabalhadores. “É inadmissível que o Governo do Estado, com saldo positivo em caixa e com indicadores fiscais abaixo do teto legal de gastos com pessoal, alegue falta de recursos para honrar uma proposta construída de forma coletiva, técnica e responsável pela própria UEG. Estamos ao lado dos servidores técnico-administrativos na luta por valorização e respeito”, afirmou o parlamentar.
Desde 2024, a categoria participa de reuniões com a Secretaria de Estado da Administração (Sead), mas, segundo relatos dos servidores, as negociações foram interrompidas sem justificativa consistente. A proposta mais recente do Governo Estadual, apresentada em reunião com o subsecretário de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, foi a de separação da carreira sem qualquer impacto financeiro — medida considerada insatisfatória pelos trabalhadores e pela própria instituição.
A greve foi aprovada em assembleia no dia 23 de maio, realizada na porta do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, e tem atos previstos em todas as 41 unidades da UEG, presentes em 39 cidades goianas. Durante o período de 9 a 17 de junho, assembleias nos campi reforçaram o apoio da base à paralisação, seguindo todas as normas legais.
O PCR, além de contemplar gratificação por titulação (algo inexistente hoje, mesmo para técnicos com especialização, mestrado ou doutorado), já tem previsão de cobertura dentro do orçamento da universidade. No entanto, a Sead alegou que o impacto financeiro comprometeria o Regime de Recuperação Fiscal — argumento contestado pela categoria e também por dados divulgados pelo próprio Governo, que admite possuir R$ 15 bilhões em caixa.
Gomide, que acompanha de perto a mobilização, reforçou a necessidade de retomada urgente do diálogo institucional. “Não é apenas uma pauta salarial. É uma pauta de compromisso com a educação superior pública de qualidade em Goiás. A valorização dos técnico-administrativos é essencial para o funcionamento da UEG e para o desenvolvimento das regiões onde ela atua. O Governo precisa ouvir, respeitar e negociar de forma transparente com a categoria”, concluiu o deputado.
O movimento segue por tempo indeterminado, até que o Governo retome as negociações e apresente uma proposta concreta.