O deputado estadual Amilton Filho (MDB) apresentou na última terça-feira, 12, projeto de lei que torna obrigatório o acompanhamento de um profissional de fisioterapia durante as sessões de hemodiálise de pacientes renais crônicos nos estabelecimentos de saúde públicos em Goiás.

Pelo projeto, as unidades de saúde que prestam esse tratamento ficam obrigadas a manter em seus quadros profissionais fisioterapeutas durante as sessões de hemodiálise em seu turno de atendimento. “Acreditamos que a presença de um fisioterapeuta durante as sessões dialíticas é de extrema relevância, pois a fisioterapia contribui para a prevenção de perdas funcionais, minimiza as dores musculares e ósseas, reduz o cansaço do paciente e melhora a sua capacidade funcional. Queremos que os pacientes, que já se encontram em situação delicada, tenham conforto e evitem os efeitos colaterais provocados pela terapia”, diz Amilton ao justificar sua propositura.

O projeto também reconhece a necessidade de que o paciente tenha cuidado integral e humanizado, já que sua condição progressiva e debilitante compromete a sua saúde, bem como sua funcionalidade e a sua qualidade de vida. A hemodiálise, tratamento essencial para os doentes renais crônicos, traz, além de complicações físicas e psicossociais, efeitos como fraqueza muscular, perda de mobilidade, fadiga intensa, dor crônica e agravamento de comorbidades oesteomioarticulares.

“Por tudo isto é que a presença de um fisioterapeuta favorece a recuperação funcional dos pacientes, pois seu trabalho melhora a capacidade do doente realizar tarefas simples do dia a dia, como caminhar, levantar-se, cuidar da higiene pessoal e outras atividades corriqueiras”, acrescenta o deputado. O projeto diz ainda que o acompanhamento fisioterapêutico ajuda na redução de complicações secundárias, o que reduz a quantidade de internações hospitalares, racionalizando os custos assistências do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, o projeto de Amilton Filho garante que o número de profissionais da fisioterapia seja compatível com o perfil clínico e a demanda das unidades, que terão um fisioterapeuta coordenador, que ficará encarregado da gestão, supervisão e articulação das ações a serem executadas pela equipe multiprofissional. “Isto para assegurarmos a efetividade e a continuidade da assistência fisioterapêutica, considerando as especificidades de cada unidade de saúde”, diz o parlamentar.

 Por fim, a propositura prevê a capacitação continuada dos fisioterapeutas, a ser promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para garantir a atualização técnica dos profissionais.