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Mauro Rubem pede investigação sobre possíveis irregularidades no Hugo na gestão do Albert Einstein

O deputado Mauro Rubem (PT) apresentou, nesta quarta-feira, 3, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa, um requerimento à Mesa Diretora solicitando que diferentes órgãos de controle e fiscalização investiguem a gestão do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). O pedido inclui atuação do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Ministério Público do Estado de Goiás (MP), Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Defensoria Pública Estadual (DPE).
A unidade, maior referência em atendimento de traumas do Centro-Oeste, está sob responsabilidade da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde junho de 2024, em contrato firmado com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Segundo o deputado, mesmo após mais de um ano de gestão e investimentos bilionários, o hospital vive um cenário de “caos administrativo e operacional, que prejudica diretamente trabalhadores e pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Mauro Rubem denunciou a desassistência a pacientes, com superlotação, represamento de cirurgias e internações precárias; apontou falhas estruturais, como falta de medicamentos e insumos; criticou os aportes milionários de 2024 e 2025 sem resultados concretos; e destacou irregularidades trabalhistas, já que enfermeiros e técnicos seguem sem receber o Piso Nacional da Enfermagem e acumulam funções pela falta de pessoal.
O parlamentar ambém questiona a condução administrativa. Para ele, a gestão é “ineficaz e omissa”, marcada por ausência de gestores efetivos, alta rotatividade e desorganização que comprometem desde a regulação de leitos até a execução dos contratos. O parlamentar aponta ainda “fortes indícios de ilegalidade” em contratações, denúncias de admissões sem transparência e favorecimento pessoal.
O requerimento também responsabiliza a SES-GO, que, segundo Mauro Rubem, tem se mostrado incapaz de fiscalizar adequadamente o contrato de gestão. Hoje, os repasses ao Albert Einstein ultrapassam R$ 22 milhões por mês, sem que a população perceba retorno proporcional em qualidade de atendimento.
Na avaliação do deputado, a situação configura violações de direitos fundamentais, má aplicação de recursos públicos, improbidade administrativa, descumprimento contratual e precarização das condições de trabalho.
“É inadmissível que o maior hospital de referência em trauma do Centro-Oeste, com tanto dinheiro público envolvido, esteja em situação tão grave. É dever dos órgãos de controle agir para garantir transparência, eficiência e dignidade no atendimento à população”, concluiu.
Acompanhe o trabalho parlamentar do deputado Mauro Rubem nas redes sociais: @maurorubempt