Projeto de lei do deputado estadual Amilton Filho (MDB), em conjunto com seu colega Charles Bento (MDB), protocolizado na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), no último dia 18, propõe a instituição, no Estado, do Dia das Ligas Acadêmicas, a ser celebrado em 7 de agosto. “As ligas acadêmicas representam uma das mais importantes formas de organização estudantil no ensino superior goiano. Criadas a partir da iniciativa dos próprios alunos, elas se constituem em espaços de ensino, pesquisa e extensão que complementam a formação acadêmica tradicional”, explica o parlamentar.

Amilton explica que essas agremiações, além de promoverem impacto positivo junto à comunidade, muitas vezes coordenadas com apoio de docentes e profissionais de diferentes setores, têm sido responsáveis por organizarem congressos, seminários, cursos de extensão, atividades comunitárias e ações de voluntariado. “São espaços de protagonismo estudantil que ampliam a vivência universitária, estimulam a interdisciplinaridade e fortalecem a formação cidadã”, reforça Amilton Filho.

Tradicionalmente, a experiência das ligas acadêmicas ultrapassa os limites da sala de aula e possibilita aos estudantes contato direto com demandas reais da sociedade. Em áreas como a saúde, o Direito, a educação e diversas outras, os ligantes participam de projetos que aproximam teoria e prática, ao mesmo tempo em que contribuem para a transformação social por meio do acesso ao conhecimento científico. 

Nos cursos de Direito, por exemplo, as ligas acadêmicas têm desempenhado relevante papel ao incentivar o estudo crítico de temas contemporâneos, como os direitos fundamentais, o direito digital, o meio ambiente, a inclusão social e o fortalecimento da cidadania. Ao reunir estudantes comprometidos com a pesquisa e a prática jurídica, tais entidades ampliam a difusão do saber, incentivam o debate qualificado e formam profissionais mais conscientes de seu papel social, como argumenta a justificativa do projeto.

Amilton Filho afirma ainda que não se pode ignorar que, em um Estado marcado por profundas desigualdades, a atuação das ligas acadêmicas é uma ponte essencial entre a universidade e a comunidade. “Ao levar conhecimento, assistência, orientação e projetos de impacto social às populações mais vulneráveis, esses grupos contribuem para a promoção da justiça social e para a democratização do acesso à informação e à cidadania”, complementa.

“Instituir esta data no calendário oficial do Estado é, portanto, um ato de incentivo e reconhecimento. É afirmar que a juventude universitária goiana deve ser valorizada não apenas como público em formação, mas como sujeito ativo e transformador da realidade estadual. É prestigiar a ciência, a cidadania e o protagonismo estudantil como pilares do progresso”, conclui.