Ícone alego digital Ícone alego digital

Notícias dos Gabinetes
Audiência pública coordenada por Antônio Gomide revela desafios para a segurança hídrica em Goiás

09 de Dezembro de 2025 às 14:46
Audiência pública coordenada por Antônio Gomide revela desafios para a segurança hídrica em Goiás

Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado estadual Antônio Gomide (PT) coordenou, nesta terça-feira, 9, audiência pública sobre Gestão de Recursos Hídricos. O evento contou com a presença do superintendente de Recursos Hídricos e Informações Ambientais, Alan Mosele Tonin; da promotora-chefe da Coordenadoria de Apoio Operacional de Meio Ambiente do MPGO, Daniela Haun Serafim; da pesquisadora da UFG e PUC-GO, Mariana Telles; além de representantes da sociedade civil.

A audiência teve como objetivo fazer um balanço da gestão dos recursos hídricos em Goiás, considerando o cenário global de mudanças climáticas e escassez de água. Antônio Gomide, que também coordena a Frente Parlamentar em Defesa do Cerrado e da Chapada dos Veadeiros, destacou a necessidade de articulação entre políticas públicas de proteção ambiental, especialmente diante da emergência climática. Segundo ele, o debate público é fundamental para orientar ações voltadas ao tema.

“Precisamos de união de esforços, porque sabemos que as mudanças climáticas são o grande debate do mundo. Tivemos a COP30, com participação de 197 países debatendo o tema. A emergência no clima produz seca e inundações. Por isso, precisamos unir iniciativa privada, poder público, entidades não governamentais, universidade, ambientalista, para a construção de um novo caminho, com educação ambiental e mudança de comportamento da sociedade”, disse o deputado

Alan Mosele Tonin apresentou um panorama das ações da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), com ênfase no uso da água no Estado. Ele afirmou que a gestão dos recursos hídricos demanda avanços em 2026, como a regularização de áreas, atualização de planos, fortalecimento do sistema de informações e eficiência na cobrança e aplicação dos recursos. “Não basta ter os instrumentos implementados; é preciso fortalecê-los. Temos muitos usos a serem regularizados, precisamos atualizar o planejamento de recursos hídricos e construir o enquadramento dos corpos d’água para a outra metade do estado, além de manter o sistema de informações atualizado e assegurar que os recursos sejam aplicados em melhorias para a população”, afirmou.

A promotora Daniela Haun Serafim explicou que o Ministério Público de Goiás criou o Compromisso Hídrico como plataforma de articulação entre instituições para prevenir e solucionar problemas de governança da água. Ela destacou que a crise hídrica resulta de falhas estruturais históricas, como descontinuidade de políticas públicas, omissão municipal, degradação ambiental e falta de integração entre os entes federados. Segundo a promotora, a segurança hídrica envolve dimensões ambiental, urbana, econômica e social, e o MPGO atua porque a Constituição atribui ao poder público e à sociedade o dever de proteger o meio ambiente.

A pesquisadora Mariana Telles afirmou que as soluções para os desafios ambientais já são conhecidas, mas dependem do uso responsável das informações e da atualização contínua dos dados. Ela ressaltou que políticas públicas devem se basear em evidências científicas, compreendidas como verdades temporárias, sujeitas à revisão conforme novos monitoramentos. Segundo Mariana, cuidar da água implica preservar o território, a cultura e as comunidades locais. Ela lembrou que o Cerrado está presente em oito das doze regiões hidrográficas brasileiras e que sua conservação é essencial para a segurança hídrica do Brasil e de países vizinhos, dada a interconexão das bacias sul-americanas.

Mariana destacou ainda que a segurança hídrica depende da participação social, de dados confiáveis e de decisões orientadas pela ciência, observando que o Cerrado é uma área crítica nas projeções para 2035. “Não adianta a gente ter envolvimento por decreto ou por força de lei exclusivamente; é preciso que toda a comunidade esteja envolvida”, afirmou.

Gabinete Dep. Antônio Gomide Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.