Notícias dos Gabinetes
Isaura sugere ao Executivo o incentivo à prática de futebol feminino
O incentivo à prática do futebol feminino deverá ser desenvolvido nas escolas da rede estadual de ensino, nos equipamentos esportivos da administração direta, da administração indireta e naqueles que são objeto de parcerias público-privadas, nos parques e próprios estaduais, ou em outros locais apropriados para este fim.
O Projeto de Lei autoriza o Executivo a celebrar convênios e demais ajustes permitidos pela legislação, inclusive transferência de numerário e materiais, para entidades privadas, bem como ligas e entidades de administração do desporto, na modalidade Futebol Feminino.
Segundo Isaura Lemos, “a inspiração para a proposta veio após as vitórias do Brasil no PAN2007, em especial a da nossa seleção feminina de futebol, capitaneada por Marta Silva, a camisa 10”. Para a deputada, “o nosso futebol feminino é maravilhoso, pois ainda é possível perceber que apesar da lógica do capitalismo, ele se mantém intacto, puro e radiante, com magia e muito brilho, resistindo a mercantilização que nos dias atuais, já se apossou de praticamente tudo, inclusive das práticas esportivas, de lazer, da cultura, e mesmo das relações interpessoais, tornando tudo mercadoria, ou seja, afirmando que tudo pode ser oferecido, vendido, trocando, como previu o velho Karl Marx em sua consagrada obra O Capital” .
Além do aspecto esportivo, stricto sensu, a organização do futebol feminino, não podemos negar, também abrirá mais uma vertente econômica para o já lucrativo negócio que é o futebol no Brasil. Mas outro aspecto, o social, precisa ser lembrando e comentado. O incentivo ao desenvolvimento do futebol feminino poderá contribuir muitíssimo para a redução da gravidez na adolescência.
Certamente, o exemplo dado por nossas jogadoras da seleção feminina de futebol deve ser canalizado neste momento para contribuir, ajudar a construir positivamente a identidade de nossas adolescentes, para que elas possam administrar melhor as emoções e entender as mudanças que acontecem com seus corpos, as sobrecargas das necessidades fisiológicas e psicológicas próprias da adolescência, sem que se caracterize como um processo de ruptura, inviabilizando a formação da mulher adulta saudável, equilibrada e consciente de seus direitos.