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Luis Cesar Bueno busca construir a unidade no PT
Veja entrevista Deputado Luis Cesar Bueno - Jornal Diário da Manhã
5/6/2008.
"Não admito disputar a vice, nome deve vir do consenso"
Deputado admite que trabalha pela indicação à chapa do prefeito Iris Rezende (PMDB), mas afirmas que se não houver consenso em torno do seu nome até sábaf, um dia antes do encontro com do PT, ele sai da concorrência
Alexandre Bittencourt
Os dias que antecedem o encontro regional do PT não têm sido fáceis para o deputado estadual Luis Cesar Bueno. Para chegar à vice do prefeito e candidato à reeleição Iris Rezende (PMDB), ele precisa conquistar o apoio das tendências majoritárias do PT – o Movimento Cerrado, liderado pelo deputado federal Pedro Wilson, e o PT pra Vencer, do deputado Rubens Otoni. A decisão final caberá aos 231 delegados do partido, que depois de selar a aliança com o PMDB, dia 16 de abril, voltam a se reunir no domingo para definir o nome. Mas Luis Cesar garante que, se não alcançar o consenso até sábado, abre mão de disputar a vaga. Veja:
Diário da Manhã - O sr. trabalha para ser o vice do PMDB. Se eu fosse um dos delegados do PT, o que diria para que eu votasse no seu nome no domingo?
Luis Cesar Bueno - Antes de tudo, é preciso dizer que o nome que surgir desse encontro deve representar a unidade partidária, e não a disputa. Deve surgir produto de um consenso. Então, quero dizer o seguinte: não sou candidato para a disputa. Não vou colocar o meu nome para disputa. Aceitarei se for indicado e se conseguir o consenso e a unidade do PT.
DM - Quer dizer que o sr. aceita ser vice desde que seja apontado até sexta ou sábado?
Bueno - Sim.
DM - No domingo, não?
Bueno - Eu acho que não dá para ir para disputa e acredito na maturidade do PT, dos dirigentes do PT. Espero que agora nesta quinta, sexta-feira, no mais tardar no sábado até hora do almoço, as forças políticas do PT já tenham manifestado sua preferência para, a partir daí, ficar evidenciado que a maioria construiu a unidade. Não acredito na força da maioria pela disputa, mas na maioria acordável, dialogável. O encontro de domingo deve ser um encontro festivo para a homologação do nome, onde nós vamos debater propostas para o plano de governo.
DM - Para conquistar a unidade, o sr. deve conquistar o apoio das duas principais tendências do partido, PT pra Vencer e Movimento Cerrado. O sr. já avançou no diálogo com estes grupos?
Bueno - Já conversei com todos e senti muita receptividade. O Movimento Cerrado, coordenado pelo ex-prefeito Pedro Wilson, nos recebeu muito bem. O PT pra Vencer, dirigido pelo deputado federal Rubens Otoni, também comunga da necessidade da unidade partidária. Apóia o nome que consolidar a unidade. Também recebi apoio dos meus colegas de bancada, apesar das eventuais divergências políticas que houve entre eu e os outros deputados. Inclusive o Humberto Aidar, que é da tendência PT pra Vencer. Até o presente momento, as forças políticas não demonstraram a preferência, mas têm colocado a intenção de avançar naquele nome que aglutina, é o que eu também quero. O PT tem uma tradição de debates muito intensos nas vésperas das grandes decisões, mas quem for escolhido vai representar a unidade do PT, sem disputa.
DM - O natural não seria que esse nome saísse do grupo majoritário do PT, o PT pra Vencer? Alguém como o presidente regional do partido, Valdi Camarcio?
Bueno - O grupo majoritário do partido seria aquele que tivesse 50% dos delegados. Nenhuma das tendências do PT têm isso. Em Goiânia, há um equilíbrio muito grande de forças, e por isso a maioria somente se constrói com a unidade de grupos. No encontro que definiu a aliança do partido com o PMDB, dia 16 de abril, o Movimento PT e Articulação construíram, com muita dificuldade, uma maioria muito apertada. Isso mostra que há um equilíbrio grande.
DM - Aquelas manifestações hostis à aliança com o PMDB dentro do PT continuam?
Bueno - O PT tem tradição de debate intenso na véspera, mas também uma capacidade positiva de encaminhamento das decisões de partido.
DM - Não foi o que aconteceu em eleições anteriores, no que diz respeito a apoio a outros candidatos.
Bueno - Isso nós vamos testar agora. É evidente que não existe unidade absoluta, mas diria para você que a grande maioria dos nossos militantes vão seguir a decisão tirada pelo partido.
DM - O sr. tem lembrado aos delegados, no processo de convencimento, que, caso seja escolhido e eleito vice, abriria vaga para o irmão do deputado Rubens Otoni, principal liderança do partido?
Bueno - É uma ação natural, porque a escolha do meu nome para uma chapa majoritária cria uma nova composição na Assembléia Legislativa, com favorecimento do nome do PT para Vencer. Essa movimentação é natural, mas isso só não basta. Eu tenho dito que meu nome está à disposição para construir o consenso; caso não seja possível a construção do consenso com meu nome, vamos discutir outros, então. Esse aí é um dos argumentos usados na conversação e na negociação.
DM - Se for escolhido, o sr. pede licença do mandato de deputado de imediato?
Bueno - Não conversamos sobre isso, mas eu estou disposto a isso. Sempre defendo a movimentação do Parlamento como uma ação de rodízio e de democracia do PT.
DM - O sr. tem sido presença constante nos eventos da prefeitura. O sr. quer trazer o apoio do PMDB para essa escolha interna do PT?
Bueno - Essa aproximação não começou agora. Aliás, eu vinha sendo muito criticado por estar ausente dos eventos. No passado, 2005 e 2006, eu tive uma atuação muito mais presente nas ações da prefeitura. Assim como o PMDB estava presente nos palanques do Lula, era natural que eu estivesse presente nos comícios do Iris. Agora, isso não define o processo de escolha do PT, porque não é ele quem vai escolher o nome. Vai ser o processo de eleição direta com voto secreto, que poderá até ter dois turnos, caso o primeiro candidato não atinja 50%.
DM - A aproximação do PT com o governador Alcides Rodrigues, que caminhava bem, parece estar em banho-maria. Por que não avançou mais?
Diário da Manhã - O sr. trabalha para ser o vice do PMDB. Se eu fosse um dos delegados do PT, o que diria para que eu votasse no seu nome no domingo?
Luis Cesar Bueno - Antes de tudo, é preciso dizer que o nome que surgir desse encontro deve representar a unidade partidária, e não a disputa. Deve surgir produto de um consenso. Então, quero dizer o seguinte: não sou candidato para a disputa. Não vou colocar o meu nome para disputa. Aceitarei se for indicado e se conseguir o consenso e a unidade do PT.
DM - Quer dizer que o sr. aceita ser vice desde que seja apontado até sexta ou sábado?
Bueno - Sim.
DM - No domingo, não?
Bueno - Eu acho que não dá para ir para disputa e acredito na maturidade do PT, dos dirigentes do PT. Espero que agora nesta quinta, sexta-feira, no mais tardar no sábado até hora do almoço, as forças políticas do PT já tenham manifestado sua preferência para, a partir daí, ficar evidenciado que a maioria construiu a unidade. Não acredito na força da maioria pela disputa, mas na maioria acordável, dialogável. O encontro de domingo deve ser um encontro festivo para a homologação do nome, onde nós vamos debater propostas para o plano de governo.
DM - Para conquistar a unidade, o sr. deve conquistar o apoio das duas principais tendências do partido, PT pra Vencer e Movimento Cerrado. O sr. já avançou no diálogo com estes grupos?
Bueno - Já conversei com todos e senti muita receptividade. O Movimento Cerrado, coordenado pelo ex-prefeito Pedro Wilson, nos recebeu muito bem. O PT pra Vencer, dirigido pelo deputado federal Rubens Otoni, também comunga da necessidade da unidade partidária. Apóia o nome que consolidar a unidade. Também recebi apoio dos meus colegas de bancada, apesar das eventuais divergências políticas que houve entre eu e os outros deputados. Inclusive o Humberto Aidar, que é da tendência PT pra Vencer. Até o presente momento, as forças políticas não demonstraram a preferência, mas têm colocado a intenção de avançar naquele nome que aglutina, é o que eu também quero. O PT tem uma tradição de debates muito intensos nas vésperas das grandes decisões, mas quem for escolhido vai representar a unidade do PT, sem disputa.
DM - O natural não seria que esse nome saísse do grupo majoritário do PT, o PT pra Vencer? Alguém como o presidente regional do partido, Valdi Camarcio?
Bueno - O grupo majoritário do partido seria aquele que tivesse 50% dos delegados. Nenhuma das tendências do PT têm isso. Em Goiânia, há um equilíbrio muito grande de forças, e por isso a maioria somente se constrói com a unidade de grupos. No encontro que definiu a aliança do partido com o PMDB, dia 16 de abril, o Movimento PT e Articulação construíram, com muita dificuldade, uma maioria muito apertada. Isso mostra que há um equilíbrio grande.
DM - Aquelas manifestações hostis à aliança com o PMDB dentro do PT continuam?
Bueno - O PT tem tradição de debate intenso na véspera, mas também uma capacidade positiva de encaminhamento das decisões de partido.
DM - Não foi o que aconteceu em eleições anteriores, no que diz respeito a apoio a outros candidatos.
Bueno - Isso nós vamos testar agora. É evidente que não existe unidade absoluta, mas diria para você que a grande maioria dos nossos militantes vão seguir a decisão tirada pelo partido.
DM - O sr. tem lembrado aos delegados, no processo de convencimento, que, caso seja escolhido e eleito vice, abriria vaga para o irmão do deputado Rubens Otoni, principal liderança do partido?
Bueno - É uma ação natural, porque a escolha do meu nome para uma chapa majoritária cria uma nova composição na Assembléia Legislativa, com favorecimento do nome do PT para Vencer. Essa movimentação é natural, mas isso só não basta. Eu tenho dito que meu nome está à disposição para construir o consenso; caso não seja possível a construção do consenso com meu nome, vamos discutir outros, então. Esse aí é um dos argumentos usados na conversação e na negociação.
DM - Se for escolhido, o sr. pede licença do mandato de deputado de imediato?
Bueno - Não conversamos sobre isso, mas eu estou disposto a isso. Sempre defendo a movimentação do Parlamento como uma ação de rodízio e de democracia do PT.
DM - O sr. tem sido presença constante nos eventos da prefeitura. O sr. quer trazer o apoio do PMDB para essa escolha interna do PT?
Bueno - Essa aproximação não começou agora. Aliás, eu vinha sendo muito criticado por estar ausente dos eventos. No passado, 2005 e 2006, eu tive uma atuação muito mais presente nas ações da prefeitura. Assim como o PMDB estava presente nos palanques do Lula, era natural que eu estivesse presente nos comícios do Iris. Agora, isso não define o processo de escolha do PT, porque não é ele quem vai escolher o nome. Vai ser o processo de eleição direta com voto secreto, que poderá até ter dois turnos, caso o primeiro candidato não atinja 50%.
DM - A aproximação do PT com o governador Alcides Rodrigues, que caminhava bem, parece estar em banho-maria. Por que não avançou mais?
Bueno - Pelo contrário. A previsão é que o governo federal invista R$ 5 bilhões em Goiás até 2010. Além disso, há informações que chegam até nós pelo diretório nacional e pelo governo federal de que a parceria com o governador não é mais administrativa: ela é também política. Agora, para ser política de fato, ela tem de avançar mais no pragmatismo. E, para isso, é necessário que haja acenos do governador. Acenos que não existiram até agora. Projetamos um cenário em que o governador Alcides está ao nosso lado nas eleições de 2010. A concretização deste cenário vai depender de desdobramentos que estão por vir até dezembro, um pouco depois ou um pouco antes.
DM - Há uma relação política, mas a bancada votou contra a reforma.
Bueno - Votou porque considerou esta reforma insuficiente para resolver a diferença entre despesa e receita e corrigir as distorções herdadas do governo Marconi Perillo (PSDB). Votou contra porque discorda de pontos importantes que dizem respeito à Saúde, Educação, à Agenciarural, que foi incorporada à Secretaria de Agricultura, à Agência Ambiental, incorporada à Secretaria de Meio Ambiente.
DM - O governador já procurou o PT goiano para conversar?
Bueno - Nós nunca fomos procurados para o diálogo. Lamentamos que essa ação de aproximação do governo só ocorra com a alta cúpula do PT em Brasília. Ela não chegou ainda na esfera da Assembléia Legislativa e nem na executiva do diretório regional. Nos reunimos recentemente para avaliar estes gestos e afirmações amistosas do governador, mas não vimos ainda elementos que comprovassem esta disposição.