“Quero aqui, de público, parabenizar o deputado Evandro Magal (PSDB) por liderar os colegas governistas a promoverem o retrocesso no Estado de Goiás”. “Queria muito que o deputado Welington Valin (PTdoB) viesse à tribuna defender a PEC que reduz recursos para a Educação e que foi apresentada por ele aqui nesta Casa. Até agora ele não fez isso”.

As duas declarações são do deputado Thiago Peixoto (PMDB) que foi à tribuna, na sessão desta quarta-feira, anunciar voto contrário à proposta do governo em reduzir os recursos para a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg) e só aumentá-los de forma escalonada até 2013. Ressalte-se que Valin não foi à tribuna defender a PEC, aprovada em plenário pela maioria governista.

Quando a proposta ainda estava em votação na Comissão de Constituição e Justiça, Thiago apresentou um voto em separado determinando que o atual percentual – 0,5% - do Orçamento destinado à Fapeg fosse mantido. O voto não foi acatado e a PEC seguiu para o plenário. Por consecutivas vezes os governistas protelaram a votação até conseguir contabilizar todos os votos favoráveis dos deputados presentes. Mais tarde, chegaram a trancar o plenário para que parlamentares não saíssem do local e obstruíssem a votação. 

Segundo o peemedebista, o governo do estadual não tem uma visão adequada da questão e, por isso, utiliza argumentos financeiros para diminuir os recursos para a pesquisa. “A receita prevista para os primeiros meses de 2009 aumentou 6,8% em relação à receita concluída. Ou seja, entrou mais recursos do que se imaginava. Mesmo assim, o governo não prioriza o conhecimento, o desenvolvimento e a tecnologia”, ressaltou o peemedebista.

Esta aprovação significa a perda de competitividade do nosso Estado. É o início de uma avalanche de dificuldades. Um prejuízo não só do presente, mas do futuro”, protestou, para em seguida, completar: “Da forma que fizeram, esse governo ficará marcado pelo retrocesso. Não só em relação à ciência, mas principalmente o retrocesso constitucional. Ou seja, já que não cumprem a lei, a ordem é adequá-la às necessidades do governo”.