Educação voltou a ser o tema dos artigos publicados em O Popular pelo secretário de Governo e deputado licenciado Thiago Peixoto (PMDB). No último, veiculado na edição de 17 de junho e intitulado “Educação: o fim da inércia”, Thiago analisa os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e fala da necessidade de, mais do que destacar os êxitos no setor, embasar ações futuras para que a evolução da Educação seja uma constante.

No site de Thiago Peixoto (www.thiagopeixoto.com.br) é possível ler este artigo e outros escritos pelo peemedebista e publicado em O Popular. Abaixo, o texto na íntegra.

Educação: o fim da inércia
Sempre que são divulgadas as avaliações da educação brasileira, os pontos negativos viram manchetes. As análises destacam o viés negativo dos exames e focam nos fracassos em salas de aula. Tal abordagem faz com que as avaliações sejam recebidas com desconfiança nas escolas e percam força como ferramentas de diagnóstico, aptas a apontar, com clareza, nossas deficiências e nossos êxitos. Para avançarmos no rumo correto precisamos saber onde estamos – e é este o verdadeiro intuito destas avaliações: devem ser referência para evoluirmos.

Os dados até aqui divulgados tiram a educação de uma análise subjetiva e pouco produtiva para uma análise com evidências claras, que permitem identificar qual o nosso real estágio educacional, não para desmoralizar nosso sistema, mas sim para evoluirmos a partir de uma realidade que tem de ser encarada.

Nossa educação superou em 2007 as metas de qualidade determinadas pelo governo federal para 2009. É o que revelam os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgados pelo Ministério da Educação. Embora os indicadores continuem bem abaixo dos obtidos pelos países desenvolvidos, é inevitável que reconheçamos o seu papel como condutor pela melhoria da qualidade da educação. Nossos resultados mostram, de forma clara que, na educação, nosso futuro pode sim ser diferente.

Tocantins é um dos cinco Estados que mais se destacaram no Ideb 2007. Em 2001 era o pior Estado brasileiro em desempenho nos exames. Hoje, graças a um eficiente sistema de monitoramento das escolas, à abolição da progressão continuada e à valorização dos profissionais, que recebem um dos maiores salários do Brasil, vem se tornando exemplo de gestão a ser seguido pelos governantes.

Índices como o Ideb têm despertado a atenção da sociedade, possibilitando sua mobilização em favor de uma causa tão premente, uma vez que os dados são comparáveis nacionalmente e expressam, em números, a principal função do ensino: a aprendizagem do aluno. Entretanto, os sistemas de avaliação do MEC não podem ser reduzidos a indicadores estatísticos. A partir deles é possível traçar metas rumo ao incremento da qualidade do ensino.

Ainda é cedo para festejarmos. Os índices atuais estão longe de fazer do Brasil uma nação menos desigual, capaz de proporcionar melhores oportunidades aos cidadãos. Mas como diz o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, podemos comemorar o início de uma guinada. E o fim da inércia.