Manchete em O Popular desta quarta-feira, o caso Celg voltou à tona e foi um dos principais assuntos do dia no programa Falando Sério, da Rádio Interativa (94,9 FM), apresentado pelo jornalista José Luiz. Um dos colaboradores-comentaristas nas quartas-feiras, o deputado estadual Thiago Peixoto (PMDB) afirmou que "o governo sempre tratou essa questão de forma política", o que dificultou as negociações do empréstimo para empresa junto ao governo federal.

Após reunião ontem no Ministério de Minas e Energia entre técnicos da União e o governador Alcides Rodrigues (PP), a negociação do empréstimo que salvaria a estatal depende agora do acerto da transferência de parte das ações para a Eletrobrás. "Voltamos a um capítulo que já vivemos cinco meses atrás", comentou Thiago. Nessa época, o BNDES chegou a oferecer o empréstimo à empresa, desde que recebesse ações em contrapartida. Inclusive, o deputado lembrou que a recusa dessa condição foi um dos motivos da saída do ex-presidente da Celg, Ênio Branco.

"Já estamos discutindo esse assunto há seis meses. Uma série de ações poderia ter sido feita nesse período, mas não foi. Com a entrada de Carlos Silva na presidência da estatal, nada mudou na gestão. A empresa ainda tem uma frota terceirizada a preços fora de mercado e ainda paga empréstimos a juros de agiotagem", finalizou o peemedebista.

No programa, entre um assunto e outro, os jornalistas Pablo Kossa e Márcia Elizabeth, e o empresário Leopoldo da Veiga Jardim – demais comentaristas do Falando Sério - também criticaram obras inacabadas do governo estadual, como o Estádio Olímpico e o Centro Cultural Oscar Niemeyer.