Após mediar a negociação, a presidenta da Comissão de Habitação, Reforma Agrária e Urbana da Assembleia Legislativa,  deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB), conseguiu que os moradores do Residencial JK não tivessem a água cortada pela Saneago. Os moradores do Residencial JK, localizado em Goiânia, seguirão com fornecimento de água em caráter emergencial e excepcional.

A decisão foi tomada em uma reunião realizada na sede do Ministério Público de Goiás, nesta terça-feira, 11, da qual a assessoria da deputada Isaura Lemos (PCdoB) participou. Para isso, a Associação de Ocupantes do Residencial JK assumiu a responsabilidade de pagar a conta de água, que será faturada em nome da associação.

De acordo com o diretor de Produção da Saneago, Luiz Henrique Gonçalves Gomes, a suspensão do fornecimento de água ocorreu porque foi detectada uma ligação clandestina para a captação de água no bairro. Os técnicos da empresa compareceram ao local e corrigiram a irregularidade.

O promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo não descarta que os moradores sigam utilizando o serviço de água tratada, pagando os valores devidos, até que a prefeitura encontre uma solução para o problema. O representante do MP apenas alerta que situações ilegais, como a ligação clandestina de água, dificulta as negociações.

O Residencial JK foi construído, de forma irregular, na região Noroeste de Goiânia pela Sociedade Habitacional Norte (SHN) em 2005. Além dos moradores que compraram lotes no local, existem várias famílias que invadiram áreas no loteamento. O MP tenta desde 2009 encontrar uma solução, juntamente com a prefeitura e a Justiça para a situação.