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Isaura Lemos fala sobre novo valor da tarifa de ônibus
A deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB) falou sobre o novo preço da tarifa, de R$ 2,85, definido pela Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), nesta segunda-feira, 17. “O aumento não corresponde nem de longe à qualidade do serviço oferecido, à qualidade de vida dos moradores de Goiânia e da Região Metropolitana e aos usuários e funcionários do transporte coletivo”, afirmou.
“Milhares de pessoas em todo o Brasil e até fora dele estão se mobilizando para que o transporte coletivo tenha um preço justo e condizente com a qualidade do serviço prestado. Em Goiânia, não é diferente. A repercussão nacional que a brutal repressão policial causou, sem dúvida, foi um dos motores que impulsionaram brasileiros de todas as idades a lutarem por seus direitos”, acrescentou.
Na avaliação da parlamentar, apenas com uma profunda mudança no sistema de transporte coletivo, a população alcançará o seu objetivo. “Não é pleiteado nada injusto ou inalcançável, queremos apenas dignidade para exercer o nosso direito constitucional de ir e vir.”
Isaura acredita que essa mudança se dará quando os contratos estabelecidos com as empresas, que há décadas exploram o transporte coletivo, forem revistos. “A sanha dos empresários do setor não pode ser paga com o dinheiro dos milhares de usuários que são diariamente insultados e humilhados por um transporte público ineficiente”, completou.
Manifestações
Para a deputada, a mudança passa também pela livre manifestação das pessoas que se indignaram com toda essa situação. “A ostensiva repressão cometida pela Polícia Militar em Goiás é lamentável e não pode se repetir. O uso de balas de borracha, que já fizeram vítimas fatais em Goiânia, as agressões a jovens, mulheres e trabalhadores são uma afronta à liberdade de expressão e de manifestação.”
As manifestações populares são a prova de que a situação da mobilidade urbana de Goiânia e da Região Metropolitana está insustentável. “É fundamental que o poder público, diante de tamanha insatisfação, abra canais de diálogo para que se construa uma solução definitiva para a questão”, concluiu.