A deputada Isaura Lemos, presidenta do PCdoB em Goiás, apresentou requerimento durante sessão ordinária desta terça-feira, 10, solicitando parecer sobre as planilhas financeiras do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (RMG). As cinco empresas concessionárias alegam estar em crise por conta do congelamento da tarifa, no valor de R$ 2,70, e devido ao serviço de Ganha Tempo, no qual o usuário pode utilizar a mesma passagem em até três ônibus no período de duas horas e meia.

Em maio, a passagem havia aumentado para R$ 3, mas o Governo do Estado e a Prefeitura de Goiânia decidiram congelar a tarifa no valor anterior depois de protestos da população e de uma decisão da Justiça. No dia 16 de julho, as empresas anunciaram que iriam quebrar se não houvesse reajuste. No final de agosto, sugeriram subsídio do poder público.

Greve

Os motoristas de uma das empresas de transporte coletivo que operam 74 linhas da RMG estão em greve desde a última segunda-feira, 9, em protesto pelo parcelamento do salário. Eles receberam somente 45% dos vencimentos no 5º dia útil.

A paralisação trouxe transtornos para os mais de 140 mil passageiros de ônibus da região Noroeste de Goiânia e de outros sete municípios (Guapó, Trindade, Abadia de Goiás, Goianira, Nova Veneza, Brazabrantes e Santo Antônio de Goiás). A empresa alega uma grave crise financeira, ampliada pela manutenção da tarifa de ônibus em R$ 2,70.