O clima deveria ser de festa, mas a preocupação e o descontentamento com o tratamento que o governo do Estado tem dispensado à Universidade Estadual de Goiás (UEG) anulou qualquer tipo de comemoração. Nesta quinta-feira, data em que a UEG completa dez anos, o deputado Thiago Peixoto (PMDB) subiu à tribuna durante o pequeno expediente para defender a manutenção do repasse de 2% do Orçamento do Estado à instituição.

Thiago aproveitou seu discurso para denunciar o sucateamento da instituição. "Mais de dez campi da UEG estão inacabados", afirmou. Nestes locais não há laboratórios suficientes e as bibliotecas não são equipadas com acervo suficiente para atender os estudantes de todos os cursos oferecidos. "Para se consolidar, a UEG precisa de muitos recursos. Só assim será possível fortalecer a Educação e o conhecimento em nosso Estado", disse.

O peemedebista diz ser necessário que o governo tome iniciativas que denotem a preocupação do Palácio das Esmeraldas com a universidade. "Já passou da hora de se estabelecer um plano de cargos e salários aos servidores da UEG. Há muito tempo que esse projeto está encalhado na Secretaria da Fazenda", lembrou.

O deputado acredita que redução de 2% para 0,25% do repasse à instituição – conforme prevê Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo deputado Welington Valin (PTdoB) - é um ataque ao conhecimento. "Em um momento em que a universidade precisa de tantos recursos para se consolidar, diminuir o repasse de recursos é um retrocesso". Vale lembrar que os 2% previstos em lei nunca foram cumpridos. "A Assembleia não pode ser o agente limitador de verba para a UEG, não pode compactuar com isso".