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Comissão de Agricultura debate restrições européias à carne bovina
A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo realizou, na manhã de hoje, a primeira movimentação para abrir o leque de debates a respeito das restrições impostas à exportação da carne bovina.
Em parceria com representantes da sociedade organizada do setor do agronegócio, a Comissão chegou à conclusão de que é preciso unir forças e criar métodos para atender às burocracias impostas pela União Européia, uma vez que a economia goiana está sendo extremamente prejudicada.
Segundo o Secretário de Comércio Exterior, Ovídio de Angelis, o Estado teve de janeiro para fevereiro, queda de 59% em exportações em conseqüência das restrições européias. Afirmou ainda que a carne bovina enviada à União Européia representou em janeiro deste ano, 50% do faturamento e 28% do volume exportado por Goiás. “Em nosso Estado o agronegócio é responsável por 70% das exportações”, afirmou.
Para o Deputado Tiãozinho Costa é preciso encontrar saídas inteligentes e objetivas a fim de resolver o problema de forma rápida e satisfatória. O deputado acredita que a mobilização da sociedade organizada e o debate, além do apoio técnico e político aos pecuaristas é essencial para que Goiás consiga atender às demandas da União Européia. “Precisamos trabalhar para melhorar o processo de rastreabilidade e a certificação de mais fazendas goianas”, frisou.
O Presidente do CREA-GO, Francisco Antônio S. de Almeida, acredita que é fundamental a interligação entre a Assembléia Legislativa, através da Comissão de Agricultura e Pecuária, com os segmentos mais interessados no assunto. Segundo ele “é preciso ouvir a sociedade organizada para então garantir mais segurança, qualidade e produtividade ao setor”, argumentou.
Segundo Wendell Magalhães, representante da Superintendência Federal de Agricultura em Goiás, existem erros documentais, burocráticos, que impossibilitam a certificação das propriedades. Disse que é preciso fazer a “engrenagem” funcionar. “Não podemos correr o risco de perder um mercado como o europeu”, acrescentou.
Ao fim da reunião ficou acertado que as entidades irão se reunir para deliberar novas frentes de trabalho. Órgãos como CREA, FAEG, Ministério da Agricultura, AGRODEFESA, Secretaria de Agricultura e Secretaria de Comércio Exterior em parceria com a Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa, vão trabalhar para conseguir aumentar o número de propriedades aptas à exportação em um curto espaço de tempo.