Em torno de dois mil camponeses integrantes do Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás (Fetaeg) ocupam, desde o início da manhã desta terça-feira, 6, a sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), na Vila Nova, em Goiânia.  A deputada Isaura Lemos esteve na sede da Sefaz nesta manhã para apoiar os trabalhadores rurais.

A atividade faz parte do Levante Unitário do Campo em Goiás, que tem como objetivo cobrar a promessa do governador Marconi Perillo de aprovar a Lei da Agricultura Familiar e Camponesa do estado de Goiás.

Isaura Lemos, em seu primeiro mandato, criou a Comissão de Reforma Agrária da Assembleia Legislativa, da qual hoje é presidenta. A parlamentar  atua como mediadora nos conflitos agrários e é defensora dos trabalhadores rurais assentados e acampados.

Sempre se colocou em defesa da reforma agrária por entender que a terra deve cumprir a sua função social.  Defende a agricultura familiar, que é responsável por 70% dos produtos que alimentam nossa população, com mais crédito, assistência técnica e infraestrutura.

O que motivou a ocupação

Segundo um dos coordenadores do MST, Valdir Minerosvickz, a Lei da Agricultura Familiar e Camponesa do estado de Goiás já teve o aval da Casa Civil e hoje se encontra na Sefaz. Porém, na semana passada, o movimento foi informado de que ela não seria aprovada neste ano, o que motivou a ocupação. 

Valdir disse que os trabalhadores rurais só deixarão o local após uma posição do Governo. Os trabalhadores rurais também cobram do governo estadual investimentos para a melhoria das estradas, energia, habitação e educação às famílias do campo.