A Câmara Municipal de Porangatu ficou lotada de políticos, moradores e proprietários rurais que reivindicaram mais eficácia no processo de eletrificação rural.

O evento que aconteceu na sexta-feira (22) evidenciou as preocupações de lideranças locais sobre o atraso no cronograma do Programa Luz para Todos e o prazo limite para que este se desenvolva.

Além dos deputados José Nelto, presidente da Comissão do Consumidor, e Vanuza Valadares presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia Legislativa de Goiás, compuseram a mesa os prefeitos peemedebistas de Mara Rosa, Otávio Alves; de Mutunópolis, Luís Martins de Oliveira; e de Campinaçu, Lindomar Gomes Ferreira; os vereadores do PR de Porangatu, Nego Vá, Cabo Weber e o pepista Dema também sentaram à mesa de autoridades.

Entre os representantes da Celg estiveram presentes o superintendente de Engenharia de Distribuição, Marco Aurélio Naves; o engenheiro do Departamento de Engenharia e Distribuição, Mauro Ferreira Marques; e o chefe da Regional Norte, Pedro Américo Coelho.

A deputada Vanuza Valadares falou sobre a importância do programa de eletrificação rural do governo federal. Ela ressaltou que o desenvolvimento sustentável no campo está intimamente relacionado com o atendimento das necessidades básicas da população rural. Para a deputada, o acesso a uma fonte de energia regular e segura é uma das condições para promover a inclusão social no campo.

Vanuza lembra que a chegada da "luz elétrica" possibilita vários benefícios para quem mora no campo, principalmente na melhoria da qualidade de vida, como por exemplo: obtenção de água, conservação de alimentos, redução de emissões de gases decorrente da utilização de querosene e diesel, possibilidade de se estudar à noite, acesso à informação e comunicação, valorização da propriedade, e até mesmo geração de renda e emprego.

Segundo pesquisa da Eletrobrás, Centrais Elétricas Brasileiras S.A. os impactos positivos da eletrificação rural não estão limitados apenas às populações atendidas, a mudança de hábitos gera o aumento da demanda efetiva da indústria de equipamentos elétricos e mecânicos, além de reduzir o êxodo rural.

A pesquisa também mostrou que as famílias beneficiadas têm a intenção de desenvolver novas atividades, tendo destaque para os estados do Mato Grosso (93%), Mato Grosso do Sul (87%), Tocantins (85%) e Goiás (78%).

O que mostra que o programa vai de encontro com as necessidades destas famílias 

Como Funciona

O atendimento ao consumidor rural passa pelas seguintes fases: identificação e cadastramento do interessado, contratação, elaboração de projetos, execução de obras e ligação do consumidor.

A implantação de projetos de eletrificação rural acontecem atraves de celebração de acordo entre o Ministério de Minas e Energia e a Secretaria-Executiva do Programa Comunidade Social, com recursos do Programa Luz no Campo e do Programa Comunidade Ativa.

Em assentamentos o Ministério de Minas e Energia, por intermédio da Eletrobrás, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, através do Incra, celebraram um protocolo de ações conjuntas com vistas a promover a implantação de projetos de eletrificação rural, com recursos do Luz no Campo, em assentamentos de reforma agrária. 

 Publicado no Jornal Diário do Norte25/02/08