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Governador diminui reajuste da tarifa de água, mas oposição quer índice ainda menor
Após a repercussão negativa e a pressão dos deputados da oposição, o governador Marconi Perillo (PSDB) orientou que o reajuste da tarifa de água, que passa a vigorar a partir do dia 1º de julho, caísse pela metade, de 32,13% para 16,07%. No entanto, deputados da oposição acreditam que o valor ainda está acima da inflação e é abusivo. “Vamos continuar trabalhando para que esse reajuste caia mais uma vez pela metade e esteja de acordo com a inflação do período, que seria na casa dos 7%”, afirma o deputado estadual e presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Assembleia, Bruno Peixoto (PMDB).
Determinados a reduzir ainda mais esse valor, nesta segunda-feira, 1 de junho, às 14h30, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), Bruno Peixoto, o líder do PMDB na Assembleia, José Nelto, e outros parlamentares da oposição, irão ao Ministério Público de Goiás. O grupo vai fazer uma representação para que a promotoria de Defesa do Consumidor ajuíze ação contra o aumento abusivo na cobrança dos serviços de água e esgoto.
O Balanço fiscal da Saneago mostra que a empresa fechou 2014 com prejuízo de R$ 52,8 milhões, mesmo tendo obtido aumento de 5,7% no faturamento líquido, atingindo R$ 1,282 bilhão. O aumento dos custos e redução dos repasses federais foram as justificativas da concessionária para o significativo aumento do seu endividamento no ano passado. No entanto, a oposição acredita que a população não pode ser responsabilizada pela má gestão da empresa. “O povo goiano não pode arcar com mais essa conta. A população já está sentindo o aumento do preço de serviços essenciais como a tarifa de energia (44,1%) e transporte público (17%), e esse reajuste abusivo vai causar um grande impacto no orçamento dos goianos que não tiveram seus salários reajustados”, afirma Bruno Peixoto.