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Notícias dos Gabinetes
Henrique Arantes fala pela primeira vez após aprovação do relatório do impeachment

12 de Abril de 2016 às 16:55

O deputado Henrique Arantes (PTB) abriu discurso, nesta terça-feira, 12, na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás, afirmando estar arrependido pelo voto dado à presidente Dilma Rousseff (PT) na eleição de 2014. Em seu argumento, o parlamentar apontou a fragilidade política causada pela falta de governabilidade de Dilma, nestes últimos anos.

“Este é um governo que atolou no poder, em meio a escândalos de corrupção, e acabou perdendo a governabilidade. Infelizmente, a presidente não tem mais condições de tocar o país pra frente. E temos que ter a humildade de reconhecer quando nos arrependemos de alguma coisa que fazemos. Fui um dos eleitores de Dilma e não serei mais”, declarou o petebista.

O parlamentar estadual ainda elogiou o parecer técnico, favorável à admissibilidade do processo de impeachment, apresentado pelo deputado federal Jovair Arantes – líder do PTB na Câmara dos Deputados e presidente do partido em Goiás.

“Ele fez a parte dele com sabedoria e era o que os goianos e os brasileiros esperavam: um relatório muito bem estruturado com o auxílio dos melhores assessores juristas e contábeis que a Câmara Federal possui, da mesma forma que os assessores jurídicos e contábeis auxiliam vereadores, deputados, prefeitos e governadores”.

Denúncias

Na sequência, Henrique aproveitou a oportunidade para ressaltar os crimes apresentados na denúncia dos juristas. Um dos pontos, segundo ele, diz respeito às chamadas ‘pedaladas fiscais’, espécie de manobra contábil para apresentar superávit nas contas do governo.

“A pedalada fiscal nada mais é do que dizer que fechou o ano no azul, estando no vermelho. O governo pediu empréstimos a bancos públicos para remanejar dinheiro para o tesouro nacional com o objetivo de mostrar que fechou o ano fiscal sem dívida. E então, no início do ano seguinte, o governo simplesmente devolve o dinheiro aos bancos públicos. Isso é maquiar contas públicas”.  

Outro ponto abordado pelo deputado se refere aos decretos do governo federal para realizar mudanças nas despesas previstas no orçamento. Neste ponto, Henrique Arantes voltou a explicar que não é um problema a alteração da lei orçamentária. Porém, o governo federal efetivou mudanças sem aprovação do Poder Legislativo, ato considerado ilegal pela Constituição Federal e caracterizado como crime de responsabilidade.

Críticas
Henrique esteve recentemente em Brasília para acompanhar parte dos trabalhos da comissão especial da Câmara, e apontou contradições e incoerências nos discursos dos defensores da presidente Dilma, principalmente quando acusam o processo de impeachment de ser um golpe à democracia.

“Não é golpe. É uma manobra constitucional que prevê o impedimento do presidente da República quando há crime de responsabilidade. Muitos que estão chamando de golpe hoje, em 1992, aclamavam o impeachment de Collor como um sinal de democracia”, destacou.


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