O novo cenário criado pela pandemia do novo coronavírus impôs novos desafios e tornou necessário a adoção de diversas estratégias às escolas de Governo. Como não poderia ser diferente, a Escola do Legislativo do Parlamento de Goiás está inserida nesse contexto. A explicação é do chefe da seção administrativa, Hernesto Lins Pimentel Carneiro, ao expor as dificuldades enfrentadas pela unidade e saídas encontradas para a manutenção e continuidade das atividades, “mesmo que de forma diversa”, assinala. 

Carneiro analisa e pontua a nova situação imposta às escolas espalhadas pelo Brasil, que mesmo com as diferentes realidades apresentadas pelas câmaras, assembleias e tribunais de contas,, buscam saídas para a manutenção e continuidade das atividades. “No que tange às dificuldades enfrentadas, podemos listar a interrupção das atividades presenciais, a necessidade de adequação de atividades para o formato a distância, com o desenvolvimento e/ou aprimoramento de ferramentas de Tecnologia da Informação para o uso em atividades não presenciais”, enuncia. 

O chefe da seção pontua ainda o fato de o corpo docente ainda ser pouco ou não treinado para atividades em EaD. “Assim como os professores, os alunos [servidores das casas], ainda são carentes de conhecimento para desenvolver técnicas de aprendizado nessa rotina de aulas não presenciais”, avalia. Outra dificuldade imposta foi a redução de orçamento, “pois as escolas também sofreram com os cortes, interrompendo, por exemplo, o pagamento de horas-aula e suspendendo contratações de cursos”, informa Hernesto.  “Como se vê, foram inúmeras as dificuldades que se apresentaram de um momento para o outro e, da noite para o dia. As escolas tiveram que repensar todo o seu planejamento para que conseguissem continuar capacitando e difundindo o conhecimento”, avalia.  

Entretanto, em meio à nova realidade, é possível destacar que, dentre as soluções encontradas, está a necessidade de integração ainda maior com a rede de escolas de Governo, a fim de compartilhar as atividades realizadas com as demais e, por conseguinte, oferecer um maior leque de opções aos seus servidores. O chefe da seção salienta ainda que, “por meio dessa maior integração, serão captadas as metodologias e técnicas adotadas pelas escolas e seus professores, visando à implementação bem-sucedida de atividades em EaD”. 

Graças à troca de informações entre as escolas, será possível aperfeiçoar o treinamento oferecido aos professores para o novo formato não presencial. Também por meio da integração, haverá o intercâmbio com os professores e o fomento à realização de atividades. "Acredito que intercambiar professores será uma saída para a contenção de despesas, já que a nova situação acabou por dificultar ou suspender o pagamento de horas-aula”, explica.

Carneiro afirma ainda que o uso de ferramentas tecnológicas e as estruturas de TI, “ou mesmo o uso de soluções de comunicação já existentes, como grupos no whatsapp, google classroom, microsoft team, google meet, lives pelo instagram, sejam aliados na transmissão das atividades, compartilhamento de informações e arquivos, como e-books, por exemplo; além de auxiliar para tirar dúvidas e aprimorar a comunicação”, completa.

Hernesto ressalta que os desafios são muitos, tanto os enfrentados pelas administrações das casas legislativas e dos tribunais de contas, das escolas de Governo e seus professores, bem como dos alunos/servidores. “Pois se trata de um novo formato que não pôde ser pensado, planejado, implementado e avaliado previamente de forma experimental”, avalia. “As etapas de planejamento e execução, nesse caso, ocorreram de forma concomitante. O fazer trouxe experiências exitosas, mas também correções e aperfeiçoamentos necessários”, diz.