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CCJ aprova proposta de berçários para filhos de estudantes universitários

29 de Outubro de 2020 às 10:45

A implantação de espaço infantil, destinado aos cuidados dos bebês de estudantes, nas unidades da rede de ensino superior públicas e privadas, em Goiás, é proposta do deputado Diego Sorgatto (DEM). O parecer do relator deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania) a esse processo de nº 3115/20, foi aprovado pelos parlamentares integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), do Legislativo de Goiás e será encaminhado ao Plenário para que aconteça a primeira discussão e votação. 

Em sua justificativa, Sorgatto argumenta que “é de comum conhecimento que muitos casais engravidam ou se veem responsáveis por alguma criança, no período em que cursam o ensino superior, e acabam se deparando com a dificuldade dos cuidados infantis frente aos estudos”, assinala. 

O parlamentar explica ainda que, conforme estudo do IBGE, apenas uma em cada dez mulheres brasileiras, entre 15 anos e 29 anos, com pelo menos um filho, continua os estudos. “Muitas dessas mães e pais não têm com quem deixar os filhos, o que afeta diretamente os estudos e consequentemente sua inserção no mercado de trabalho”, afirma. 

E prossegue, ao pontuar que, mesmo com as creches públicas disponíveis, essas não são suficientes para suprir as necessidades de todos os pais que muitas das vezes não conseguem ser contemplados com as vagas disponíveis e acabam tendo que abrir mão de sua vida estudantil ou profissional para dar atenção que uma criança necessita. “O grau de educação que o indivíduo possui é fundamental para sua vida e para os papéis que venha a desempenhar enquanto ser social, nos campos de convívio social, profissional, familiar, no cumprimento de seus direitos e deveres e de participação política”, salienta. 

Ao complementar, o democrata enuncia que são inúmeros casos e motivos de relato nos setores de comunicação, sobre universitários barrados e proibidos de entrar nas instituições de ensino superior acompanhados de seus filhos, quando os mesmos passam por humilhação e são motivo de piadas para outros estudantes, professores e até mesmo funcionários. “A dificuldade enfrentada em conciliar uma jornada trabalhista, estudantil e a familiar tem sido enfrentada por muitas pessoas hoje em dia, mas quando esbarramos em uma falta de empatia social, se torna pesado e desgastante, muitas vezes sendo motivo de desistência dos estudos”, pondera. 

No entendimento do legislador, a prestação do ensino educacional, não pode ser impedida ou até mesmo anulada pela presença de uma criança na vida de universitários. “O auxílio aos cuidados para promover a educação desses genitores é de todos do sistema educacional da rede de ensino superior pública e privada”, reitera Sorgatto. 

Agência Assembleia de Notícias
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