Ícone alego digital Ícone alego digital

Adriana Accorsi aplaude projeto federal para atendimento digno a vítimas de crimes sexuais

16 de Março de 2021 às 10:22

A deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) tem se destacado na atuação pelo tratamento digno das vítimas de crimes sexuais em Goiás. Ela afirma que é importantíssimo estimular não apenas que as mulheres vítimas de abuso denunciem, mas também levá-las a ter um tratamento digno para que não sejam vítimas novamente por conta do preconceito e discriminação que existe.

Nesse sentido, a petista aplaude proposta do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que tem votação prevista para esta terça-feira, 16, pela Câmara Federal. Trata-se do projeto 5117/20 que prevê, no caso de crimes contra a dignidade sexual, que na inquirição da vítima e das testemunhas será garantida a integridade física, psíquica e emocional do depoente; e a não revitimização. Serão vedadas perguntas relacionadas ao comportamento sexual prévio do ofendido.

Na justificativa do projeto, o senador cita o recente caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, vítima de estupro, que “foi humilhada pelo advogado de defesa do acusado em audiência, sem que o juiz e o promotor de Justiça tomassem qualquer atitude que o censurasse”. Já aprovada pelo Senado, a proposta está em análise na Câmara dos Deputados.

De acordo com o texto da matéria, o interrogatório vai ocorrer preferencialmente em recinto especialmente projetado para esse fim e, quando for o caso, será intermediado por profissional especializado, designado pelo juiz. O depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a degravação e a mídia integrar o inquérito.

As medidas são acrescidas ao Código de Processo Penal. O projeto prevê, ainda, a garantia de que a vítimas e as testemunhas não tenham contato direto com investigados ou suspeitos e pessoas a eles relacionadas, exceto quando a medida for indispensável à elucidação dos fatos, ouvidas a vítima e o Ministério Público.

Ademais, a proposta reproduz no Código de Processo Penal direito da vítima, já previsto na Lei Maria da Penha, ao atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores previamente capacitados, preferencialmente do sexo feminino.

Luta antiga

Adriana Accorsi diz que o tema da propositura é uma luta que ela trava há muito tempo, desde que era titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). “Percebíamos que as crianças vítimas de abuso sofriam repetidas vitimizações. Sempre debatemos essa questão junto com diversas entidades como a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente sobre o depoimento sem dano que, inclusive, é uma lei federal proveniente de um projeto da deputada federal Maria do Rosário”, informa.

“É importantíssimo para que se possa não apenas estimular as mulheres vítimas de abuso a denunciar, mas também levá-las a ter um tratamento digno para que não sejam vítimas novamente por conta do preconceito e discriminação que existe”, diz a petista.

Em Goiás, a deputada destaca que é defensora da Sala Lilás. “É um local onde a vítima é recebida no Instituto Médico Legal (IML), sobretudo mulheres e meninas, para serem atendidas de forma digna. Fiz emendas parlamentares nesse semestre no valor de 400 mil reais justamente para que elas possam ser implantadas no estado, e no semestre que vem faremos em todos os demais IMLs”, explica Accorsi.

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.