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Abril Laranja debate a conscientização sobre a amputação. Thiago Albernaz quer instituir a campanha em Goiás

09 de Abril de 2021 às 13:00
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Abril Laranja debate a conscientização sobre a amputação.  Thiago Albernaz quer instituir a campanha em Goiás
Abril Laranja debate conscientização e prevenção da amputação

Com o objetivo de conscientizar e prevenir a amputação, foi instituída no Brasil, em 2020, a campanha  ‘Abril Laranja – Mês da conscientização da amputação”, uma iniciativa da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (Abotec), com intuito de informar à sociedade sobre formas de evitar a perda dos membros.

Em Goiás, um projeto de iniciativa do deputado Thiago Albernaz (Solidariedade) institui a campanha em âmbito estadual, que será representada pela Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego). A proposta foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa e precisa passar por dois turnos de votação em Plenário e ser sancionada.

Para o médico fisiatra Rodrigo Parente, que atende no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), é importante a campanha de prevenção, uma vez que a população em geral não enxerga a amputação como algo que se possa prevenir. No entanto, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% das amputações realizadas no Brasil são decorrentes do diabetes, o que representa cerca de 55 mil procedimentos desse tipo por ano.

“As principais causas de amputação são, de forma geral, as causas vasculares, dentre elas o diabetes que causa, inclusive, amputações recorrentes em um mesmo paciente. Então se queremos prevenir a amputação, temos que pensar em vários aspectos, como o controle glicêmico, através de alimentação saudável, exercício físico e o próprio acompanhamento médico, para se ter esse controle adequado da glicemia”, alerta o especialista.

O luto e os desafios da reabilitação

O médico relata que o paciente amputado passa por um processo de luto. “A perda de um membro é realmente muito difícil porque ninguém está preparado para isso. É preciso de acompanhamento psicológico pré e pós-operatório, deixar que a pessoa vivencie essa perda”, explica. O médico ainda faz referência a duas situações diferentes: uma, em que o paciente sofre uma emergência e a decisão da amputação precisa ser tomada de forma imediata e, outra que é preventiva, quando se pode programar e tentar outra alternativa.

O fisioterapeuta Marco Antônio Dias, que trabalha na reabilitação de pacientes amputados no Crer, lembra que o pós-operatório é um processo de reaprendizado, uma vez que, por mais tecnológica que seja a prótese, ela não substitui o membro em 100% de suas funcionalidades.

“Vários fatores influenciam na reabilitação do paciente amputado, o aspecto psicológico é um deles, e um dos principais. Se o paciente passou pela amputação mas não internalizou essa nova condição ele tende a rejeitar aquilo que iria substituir o membro. Por melhor e mais tecnológica que seja a prótese, ela não substitui o membro. O paciente tem que aceitar a sua nova condição. Se será possível retomar as atividades de forma normal depende de cada caso, depende do nível de amputação”, pondera.

O fisioterapeuta explica, ainda, que, quanto mais rápido o paciente recebe a prótese, maiores são as chances de sucesso da reabilitação. “Quanto mais rápido ele recebe a prótese melhor é o prognóstico, porque menos força muscular ele perde e a imagem corporal ainda está mais presente”.

Agência Assembleia de Notícias
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