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Romaria de Muquém

30 de Abril de 2021 às 15:30
Crédito: Seção de Publicidade
Romaria de Muquém
Romaria de Nossa Senhora da Abadia do Muquém
A origem, o simbolismo e a tradição da mais antiga romaria realizada na região Centro-Oeste é o destaque da semana da série “É coisa da gente”, publicada nas redes sociais do Legislativo goiano.

Realizada na primeira quinzena de agosto, a Romaria de Muquém, que acontece no povoado de mesmo nome, no município de Niquelândia, distante 360 km da Capital, ocorre desde a segunda metade do século 18. A festa é descrita na obra “Ermitão de Muquém”, de Bernardo Guimarães, considerado o primeiro romance regionalista brasileiro. E é essa manifestação religiosa o destaque da semana da campanha “É coisa da gente”, publicada nas redes sociais da Assembleia Legislativa.  

São mais de 250 anos de tradição de uma festa religiosa cheia de simbolismo e, como não poderia ser diferente, com muita história para contar. A Romaria de Nossa Senhora da Abadia do Muquém leva, anualmente, milhares de pessoas ao povoado simples, distrito da cidade de Niquelândia, no Norte goiano. E é uma festa cheia de peculiaridades. A começar pelo santuário dedicado à Nossa Senhora, um dos maiores do Brasil, que comporta 28 mil pessoas sentadas, apesar de estar num pequeno distrito de poucos moradores, cravado no interior do Brasil. Desnecessário dizer que nos dias da festa, não comporta nem a décima parte dos romeiros que desembarcam em Muquém.

A missa, celebrada no Morro Cruzeiro, que fica a mais de 100 metros de altitude, é outro marco da festa. Além de participar da celebração, os romeiros sobem o morro para cumprirem promessas e, de quebra, quem sobe até lá, tem uma vista privilegiada da paisagem da região. Durante a romaria é realizada uma procissão que percorre os 45 quilômetros entre Niquelândia e Muquém, com certeza uma das maiores do País, em distância. 

Não há um consenso sobre a origem da festa, mas o livro “Ermitão de Muquém”, traz uma versão. O romance conta a história de um rapaz muito devoto de Nossa Senhora da Abadia. Ao matar, quase acidentalmente um amigo, ele se refugiou para não ser alcançado pela justiça. Um milagre da santa o levou a Muquém, onde se tornou um ermitão místico. 

Já o site do santuário registra que, no livro “Senhora da Abadia”, o padre Arlindo Ribeiro da Cunha, da Diocese de Braga, Portugal, escreve que a devoção à Nossa Senhora d’Abadia de Muquém começou devido ao cumprimento de uma promessa que um português, ocupado em explorar ouro em uma mina de Muquém, mandara trazer uma imagem com o título “Nossa Senhora da Abadia de Portugal”. O português colocou, então, a imagem em uma pequena capela, inicialmente dedicada a São Tomé. Com a chegada da imagem, fiéis começaram a fazer orações à Nossa Senhora e, aos poucos, a devoção se espalhou até se tornar a segunda maior romaria de Goiás.  

A festa reúne missas, batizados, casamentos e procissões, além da parte onde os visitantes encontram comidas típicas, artesanatos e diversos outros artigos nas barraquinhas improvisadas no pequeno povoado. Em 2020, a romaria foi suspensa por causa da pandemia de covid-19 e, nesse ano, ainda não há confirmação sobre a realização do evento.  

A série “É coisa da gente” é publicada toda sexta-feira nas redes sociais da Alego e traz, por meio de textos e ilustrações, histórias, curiosidades e manifestações culturais do nosso estado e do povo goiano. 

 

Agência Assembleia de Notícias
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