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Jeferson Rodrigues requer prioridade para gestante na vacinação contra a covid-19

14 de Junho de 2021 às 11:31

Estabelecimento de prioridade para a vacinação contra a covid-19 durante a emergência de saúde pública às gestantes e puérperas (período pós-parto). É o que dispõe o projeto de lei nº 5017/21, de autoria do deputado Jeferson Rodrigues (Republicanos), em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

“Infelizmente, temos acompanhado o crescente número de notícias de gestantes que, contaminadas pela covid-19, têm agravado o seu quadro clínico, mesmo que não tenham comorbidade”, coloca o parlamentar em sua justificativa.

Rodrigues salienta que o adoecimento grave das gestantes, como em qualquer doença sistêmica, pode comprometer a saúde fetal, incluindo os riscos associados ao parto. "Conforme aponta uma revisão sistemática de estudos, publicada no periódico científico Mayo Clinic Proceedings, mulheres grávidas, grupo que pesquisas feitas em diferentes países já apontava como vulnerável, também apresentam maior risco de morbidade e mortalidade associadas a infecções.”

E acrescenta: “Segundo os pesquisadores, isso acontece porque alterações fisiológicas naturais durante a gravidez e mudanças metabólicas e vasculares em gestações de alto risco podem agravar o quadro clínico da covid-19. Essas mudanças fisiológicas, de acordo com os cientistas, abrem a porta para impactos advindos do vírus”.

O deputado frisa que o vírus entra nas células através do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), que é aumentado durante a gravidez normal. Como resultado da maior expressão de ACE2, as grávidas podem ter risco elevado para complicações.

Ele ressalta ainda: “A cascata de eventos que acontecem uma vez que o vírus se liga ao receptor ACE2 é similar ao que acontece na pré-eclâmpsia, uma complicação potencialmente séria da gravidez que pode levar a pressão alta e a possíveis danos aos órgãos. De acordo com a análise publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology, o risco de morte nas pacientes que aguardam um bebê é 13 vezes maior do que a de outros indivíduos na mesma faixa etária, além de serem hospitalizadas três vezes mais por conta da doença”.

Diz mais: “E os achados não param por aí: as gestantes internadas por problemas respiratórios apresentaram maior chance de comorbidade ou condições subjacentes, como asma, hipertensão, diabetes tipo 2, doença autoimune e obesidade classe III; além de que os nascimentos prematuros foram significativamente mais frequentes entre as pacientes com quadro severo ou crítico de covid-19 – 45.4% maior em relação às mulheres recuperadas da doença”.

Lida em Plenário no dia 27 de maio, a proposição já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Alego, e está em primeira fase de discussão e votação.

Agência Assembleia de Notícias
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