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Adriana Accorsi quer proibir alusão à escravidão em produtos e estabelecimentos comerciais

03 de Setembro de 2021 às 10:30

A deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) protocolou nessa semana na Assembleia Legislativa o projeto de lei 7117/21, que quer proibir homenagens por meio da utilização de expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal relacionados à escravidão e/ou a pessoas notoriamente participantes do movimento eugenista brasileiro.

Adriana explica que Goiás foi constituído por meio de trabalho escravo e que esses escravos fizeram parte da construção do estado em diversos aspectos, como econômico, cultural e social. “Tendo em vista a historicidade de Goiás, o racismo estrutural se perpetua até a atualidade na sociedade, gerando infinitos casos de desigualdade racial, baseando-se em teorias absurdas perpetuadas por mais de 300 anos” escreve a deputada.

A parlamentar reforça, ainda, que não é incomum ter comércios, produtos e até mesmo monumentos que façam alusão a expressões racistas e à discriminação de cunho racial. E complementa dizendo que a imagem dos negros e negras são comumente associadas a imagens pejorativas, preconceituosas e que promovem o apagamento de sua cultura, história e conquistas. “Isso, sendo reflexo do racismo estrutural, enraizado por séculos de desigualdade racial, reproduzindo assim, diariamente, condutas que desconsideram anos de sofrimento do povo negro”.

“A desconstrução do racismo estrutural no Brasil está em constante evolução. Esse projeto de lei possui uma imensa significância para que o Brasil seja um país soberano e igualitário, prezando pelo respeito à contribuição histórica de todos os povos que o formam e de todos os seus(as) cidadãos(ãs)” conclui Adriana Accorsi.

O projeto será encaminhado para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Casa onde será distribuído para a relatoria de um colega deputado.

Agência Assembleia de Notícias
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