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Fomento ao pequeno produtor

30 de Maio de 2022 às 07:10
Crédito: Sérgio Rocha
Fomento ao pequeno produtor
Feira do produtor rural -Alego Ativa
Atendimentos voltados aos microempreendedores do campo, principalmente crédito facilitado e oportunidade de expor e comercializar produtos na Feira do Produtor Rural, foram destaque no Alego Ativa.

Realizado desde o ano de 2019 pela Casa de Leis, o programa itinerante Alego Ativa, instituído pela 19ª Legislatura do Parlamento goiano, presidida pelo deputado Lissauer Vieira (PSD), tem como objetivo oferecer serviços essenciais, de forma simplificada e gratuita, à população goiana. Em parceria com instituições públicas e privadas, uma grande estrutura é levada aos municípios goianos, com diversas frentes de atendimentos, com destaque para as áreas sociais, jurídicas, de saúde e voltadas ao agronegócio, em especial ao pequeno produtor rural.

O evento disponibiliza a esses profissionais a oportunidade de expor e comercializar os seus produtos, por meio da Feira do Produtor Rural. No projeto, os trabalhadores do campo recebem, também, cursos de qualificação e aperfeiçoamento, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), atendimentos pela Agrodefesa e consultoria, fornecida pela Emater e também pela Feag/Senar. Destaque, ainda, para o programa de empreendedorismo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e às linhas de créditos oferecidas aos pequenos produtores rurais por meio da GoiásFomento.

No município de Rio Verde, onde o agronegócio é predominante, as frentes de serviço voltadas à área ficaram em evidência na 15ª edição do Alego Ativa, realizado no último sábado, 28. Também estiveram presentes no evento a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e o Sindicato Rural.

A 232 km da Capital goiana, a cidade conta com mais de 240 mil habitantes e tem como pilar de sua economia o agronegócio, de acordo com o Executivo municipal, com destaque para as agroindústrias. “A mola propulsora da economia de Rio Verde e a região Sudoeste, como um todo, é o agronegócio”, salientou o presidente da Casa de Leis e também representante do município, Lissauer Vieira, ao enfatizar os atendimentos referentes ao setor. “Como a economia é baseada no agronegócio, temos trabalhado muito isso: trazer qualificação profissional para que mais pessoas tenham a oportunidade de ingressar nesse mercado”, frisou. 

De acordo com Simeyzon Silveira, idealizador do programa e assessor da Diretoria de Assuntos Institucionais da Assembleia Legislativa, departamento responsável por desenvolver o projeto, tratam-se de frentes permanentes, consideradas como “um braço do Alego Ativa”. “Sempre tivemos a preocupação em trabalhar os potenciais dos municípios e a maioria deles tem o agronegócio como um dos principais eixos econômicos. Rio Verde, principalmente. Por isso, a necessidade em inserir tais programas específicos dentro do Alego Ativa.”

Exposição

Presente na Feira do Produtor Rural do Alego Ativa de Rio Verde, a microempreendedora da cidade, Thays Pereira Amorim, não escondeu o sentimento de gratidão em expor seus produtos no evento. Ela trabalha na comercialização de produtos lácteos há cerca de dez anos. “Essa iniciativa é muito boa para a população, pelo fato de as pessoas conseguirem ter conhecimento a respeito dos pequenos produtores. Não temos uma loja física aberta. Trabalhamos de forma indireta e a população consegue adquirir os nossos produtos, que são artesanais, fresquinhos e de primeira linha”, destacou.

Coordenador regional da Emater Sudoeste, José Luiz Lopes explica a importância da exposição e, ainda, o trabalho realizado pela instituição dentro do Alego Ativa. “Hoje, principalmente em cidades menores, a maior fonte de emprego e renda vem da agricultura familiar e quando se trabalha com a agroindústria, isso ainda triplica. E o maior gargalo desse pequeno produtor é a venda. Então, é muito importante esse trabalho do Alego Ativa, para mostrar os produtos das cidades menores, para que o produtor tenha a oportunidade de vender o seu produto e o consumidor, também, ter a oportunidade de comprar direto, sem passar por nenhum atravessador. É um casamento perfeito. Algo que fortalece o setor e você consegue ajudar tanto o consumidor, quanto o produtor.”

De acordo com o profissional, Rio Verde possui aproximadamente 800 famílias de pequenos agricultores e cinco reformas agrárias. Na instituição, juntamente com sua equipe, desenvolve, também, um trabalho de assistência a esses pequenos produtores. O atendimento foi disponibilizado na 15ª edição do Alego Ativa, ocasião em que a microempreendedora Simone de Jesus Oliveira recebeu suporte.

Baiana, a profissional vive há 31 anos em Rio Verde. No local, tornou- se produtora rural, com atuação na área do leite há mais de 15 anos. Ela conta que, com o passar dos anos, buscou aperfeiçoamento e hoje produz, também, doces cristalizados, que arrancaram suspiros de quem passava de frente à sua banca na 15ª edição do Alego Ativa. “Essa iniciativa é muito boa. A gente tem a oportunidade de conhecer novos produtores e divulgar nossos produtos. O meu, por exemplo, além de ser doce, é bem aceito”, avaliou, com um sorriso estampado no rosto. “Ainda encontrei amigos, que não via há muito tempo. Estão do meu lado, expondo os produtos deles. É um momento e uma oportunidade maravilhosa”, ressaltou.

Linha de crédito

Outro destaque voltado ao empreendedor rural, presente no Alego Ativa, é a linha de crédito, viabilizada pela GoiásFomento, de forma facilitada, que visa permitir um maior investimento aos profissionais. “A GoiásFomento hoje oferece uma linha de crédito para o pequeno produtor rural, com limite de R$ 50 mil, com juros de 6% ao ano. É justamente um financiamento com juros negativos, para incentivar e melhorar um pouco a vida do pequeno produtor”, explica o engenheiro agrônomo e gerente de agronegócios da GoiásFomento, Guido Juliano Araújo.

“A pessoa que está iniciando também terá oportunidade de incrementar o seu negócio, começar com capital de giro e financiar máquinas e equipamentos. Estamos preparados para receber estas propostas e orientar, através de técnicos associados, seu projeto, para que ele use adequadamente os recursos que serão emprestados”, salientou o profissional, com a afirmativa de que o agronegócio é a mola que salva o Brasil.

“É a produção de grãos, a transformação desses grãos em alimentos, em ração para engordar o boi, o frango, o suíno. E hoje, o estado de Goiás é uma expressão muito forte do agronegócio no Brasil. Literalmente, a cada ano nascem e brotam do solo bilhões e bilhões de reais em riqueza, fazendo com que o povo melhore de vida e gere emprego e renda”, ponderou Juliano Araújo.

Agência Assembleia de Notícias
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