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Pare de fumar hoje!

16 de Novembro de 2022 às 08:29
Crédito: Seção de Publicidade
Pare de fumar hoje!
Dia do Não Fumar
Segundo dados da OMS, o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano. O Dia do Não Fumar é importante para reforçar discussões sobre as consequências do tabagismo para a saúde da população.

Nesta quarta-feira, 16, é comemorado o Dia do Não Fumar. O objetivo da data é mobilizar a população para discutir os efeitos do tabagismo para a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como a dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco, seja cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé.  

A nicotina atinge o cérebro entre 7 e 19 segundos, após ser absorvida, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar. Segundo dados da OMS, o tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano. Mais de sete milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.  

O Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde, apontou que, no Brasil, cerca de 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo. Ainda segundo o Inca, os custos dos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia passam de R$ 125 bilhões e mais de 161 mil mortes anuais poderiam ser evitadas.   

O presidente da Comissão de Saúde da Alego, deputado Gustavo Sebba (PSDB), explica que o tabagismo persiste há décadas como um grande problema de saúde pública. “Tivemos políticas públicas muito eficientes para conscientizar a população sobre os riscos de fumar. Acredito que o resultado foi positivo, mas essa batalha precisa ser constante. Recentemente, a popularização de dispositivos eletrônicos renovou o debate e a preocupação. Temos uma nova geração que não tem dimensão dos problemas causados pelo cigarro e similares”, trata. 

Ao contrário do alcoolismo, explica Sebba, os problemas do tabagismo não são tão imediatos, o que dilui a percepção de quem consome. “A despeito disso, é preciso fazer o alerta de que fumar traz riscos imediatos, sim, à saúde. O fumante tem reduzida a sua capacidade pulmonar, o que prejudica no dia a dia e nas atividades esportivas, impactando no bem-estar e na saúde. Além disso, não se pode ignorar o risco de câncer no médio e longo prazo, tanto para o fumante quanto para quem convive com essas pessoas, como cônjuges, filhos, amigos e colegas de trabalho”, destaca o parlamentar.  

Diante disso, o médico afirma que é essencial que as campanhas contra o uso de cigarros e semelhantes sejam intensificadas. “Claro que não é correto proibir o uso, mas é preciso tornar esse uso mais consciente dos riscos e mais responsável com as pessoas que partilham dos mesmos ambientes.”.  

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem quer parar de fumar, inclusive com o uso de medicamentos ministrados na forma de adesivos e gomas de mascar. Para orientação, basta ligar para o Disque Pare de Fumar, no telefone 0800-703-7033. 

Como a nutrição pode auxiliar no combate ao tabagismo 

De acordo com a nutricionista funcional, Amanda Honorato, existem alguns alimentos que tem efeito inibidor da vontade de fumar. “Há alguns alimentos que reduzem a ansiedade e estresse e, inclusive, as famosas recaídas. Portanto, é importante a gente adotar na dieta para poder fazer a retirada do tabagismo. As bananas são conhecidas por ter alto índice de vitamina B6 que é um aminoácido chamado triptofano que melhora muito a produção de serotonina e com isso reduz o estresse. O cacau também é um ótimo aliado, assim como o grão de bico e os peixes, todos eles melhoram o perfil da serotonina que ajuda bastante a reduzir o estresse”, explica.  

Ela destaca que o tomate e as plantas do tabaco são da mesma família. “O tomate tem uma pequena quantidade de nicotina que auxilia na redução do cigarro, consumir essa fruta tanto por meio de sucos, saladas ou molhos, por exemplo, é uma ótima estratégia para auxiliar no combate ao vício ao cigarro”, conta.  

Amanda salienta, também, que dois hábitos que devem ser excluídos nesse período de abandono do cigarro é o consumo de álcool e de café. “Podem ser hábitos que trazem gatilhos para os tabagistas. Nos primeiros meses o mais indicado é aumentar o consumo de chás e água, pois ajuda a limpar o organismo. Água com limão também é uma boa dica porque alcaliniza e neutraliza nosso organismo e reduz as toxinas”, acrescenta a nutricionista.  

Iniciativa parlamentar  

Os cigarros eletrônicos, ou vapers, mesmo não contendo tabaco em sua composição, vaporizam um líquido com grande quantidade de nicotina, o que faz com que também sejam muito prejudiciais à saúde. O consumo desses dispositivos mobiliza parlamentares da Alego. É o caso do projeto de lei nº 5573/19, apresentado pelo deputado Paulo Trabalho (PL), que prevê a instituição da política de prevenção e conscientização ao uso de cigarros eletrônicos.   

O parlamentar cita um estudo feito pelo pesquisador David Thickett, do Instituto de Inflamações e Envelhecimento da Universidade de Birmingham, para verificar as consequências da exposição das células do corpo humano ao líquido presente nos "vapers" e ao vapor por eles produzidos.  

“Os resultados mostraram que o vapor condensado foi muito mais danoso às células que o líquido, notando também um aumento na produção de substâncias inflamatórias. A longo prazo, esse vapor pode deixar o sistema respiratório bem mais frágil e suscetível a doenças sérias”, justifica.   

Também nesse sentido está o projeto nº 5402/19, de autoria do deputado Rafael Gouveia (Republicanos). O objetivo da matéria é proibir o uso, a comercialização, importação, produção e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, especialmente os que aleguem substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar.   

Na propositura, Gouveia destaca a insegurança ocasionada pela disseminação dos cigarros eletrônicos na sociedade, mesmo estando proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Embora aparentem ser inócuos, já que o vapor que expelem não é tão malcheiroso e incômodo como o do cigarro de combustão, os dispositivos eletrônicos para fumar emitem diversas substâncias tóxicas e cancerígenas que podem configurar risco, até mesmo, àqueles que, passivamente, são expostos a essas emanações. A proibição conta com o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), que destaca, também, o poder do produto para atrair usuários jovens, instigando o hábito de fumar”, justifica. 

Agência Assembleia de Notícias
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