Cultura e arte na Alego
Antes do início da sessão solene de instalação da 20ª legislatura, nessa quarta-feira, 15, o Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) foi ocupado por grupos de cultura popular atuantes em Goiânia. Presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB) conclamou o responsável pela recém-criada Diretoria Cultural, Juliano Santana, a realizar atividades culturais nos espaços do Palácio Maguito Vilela, pelo menos, duas vezes por semana.
As apresentações da primeira Ocupação Cultural de 2023 tiveram início no saguão principal da Casa, com uma interpretação da cantora Thainá Janaína, acompanhada pela percussão dos blocos “Não é Não”, “Coró de Pau” e “Visual Ilê”.
Passistas dos blocos e artistas do circo Lahetô, que deram um show de equilíbrio sambando em cima de pernas de pau, também animaram o público, que se aglomerou para acompanhar as manifestações artísticas.
A chefe da seção de atividades culturais da Casa, Ana Rita de Castro, explicou que a ideia foi aproveitar o clima de Carnaval, para promover os grupos que atuam durante o ano todo com o tema, mas que vão além, trabalham com a arte, como instrumentos de educação, cultura e conscientização.
Além disso, segundo Ana Rita, a intenção é buscar a aproximação do Poder Legislativo com a população, através da arte e da cultura. “Nós queremos trazer escolas, grupos de idosos e outros públicos. E promover exposições, lançamento de livros, shows, enfim, dar oportunidade não só aos artistas, mas também para a comunidade ter acesso às manifestações. Se aqui é a Casa do povo, é justo que ele ocupe esse espaço”, afirmou.
A cantora, compositora e instrumentista, Thainá Janaína, que também é antropóloga, classificou a iniciativa como a “melhor manifestação de educação cultural”, já que a agenda teve também um aspecto educativo, privilegiando a diversidade e a miscigenação cultural.
O presidente da Casa, Bruno Peixoto, fez a abertura do evento, acompanhado dos deputados Karlos Cabral (PSB) e Mauro Rubem (PT). Ele agradeceu aos artistas que atenderam ao chamado para mostrar a arte produzida em Goiás. E ressaltou que a nova sede da Assembleia está à disposição dos artistas. “Esse espaço é para a cultura, é para os artistas se mostrarem à comunidade goiana. E peço ao diretor cultural que promova eventos desse tipo, pelo menos, duas vezes por semana”, reiterou.
Além dos artistas, o Circo Lahetô também trouxe um grupo de crianças atendidas pela unidade, para acompanharem o espetáculo. O Lahetô é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atende crianças em situação de vulnerabilidade social, em atividades circenses, de arte e cultura.
Para o diretor geral do Circo, Maneco Maracá, além da proposta cultural, a iniciativa foi uma oportunidade única para as crianças participantes do projeto. “Vale ressaltar que esses meninos e meninas são moradoras do Jardim Goiás, do Jardim Novo Mundo, ou seja, da região, então, esse espaço receber essas crianças é enriquecedor, tem um simbolismo muito importante”.
Depois da abertura no saguão, foi formado um cortejo carnavalesco, que percorreu parte do Palácio Maguito Vilela, mostrando aos servidores a diversidade da arte produzida em Goiás. As atividades foram encerradas no Plenário Iris Rezende, com os batuques, danças, coreografias e o canto negro de Thainá Janaína, mostrando que a democracia também se constrói com arte e cultura.