Paulo Cezar sugere política para prevenção de câncer ocular em crianças
O retinoblastoma é um tumor maligno raro que se origina nas células da retina, parte do olho responsável pela visão, e tende a ocorrer no início da infância ou em lactentes e pode estar presente ao nascimento. É o câncer ocular mais comum na infância e o diagnóstico precoce é pré-requisito para o sucesso do tratamento.
Visando possibilitar conscientizar o maior número de pessoas e auxiliar no combate à doença, Paulo Cezar (PL) sugere instituir uma política estadual de prevenção do retinoblastoma. A proposta, protocolada sob o nº 3362/23, está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde será distribuída para análise e relatoria em breve.
O principal sintoma do tumor, presente em 90% dos casos diagnosticados, é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, conhecido como “sinal do olho de gato”. Essa mancha esbranquiçada indica que uma fonte luminosa está incidindo sobre a superfície do tumor e impede a passagem de luz. Outros sinais são estrabismo, vermelhidão, deformação do globo ocular, baixa visão, conjuntivite, inflamações e dor ocular.
A política pleiteada tem como diretrizes, por exemplo, a ampliação dos serviços de atendimento público de saúde com oferta de exames clínicos, laboratoriais e específicos para crianças com sinais e sintomas sugestivos da doença e a promoção de campanhas informativas. Ou, ainda, o estímulo à pesquisa científica e à produção de dados estatísticos que contribuam para nortear as políticas públicas de saúde destinadas ao tema.
O texto prevê também que o paciente com suspeita ou já diagnosticado com retinoblastoma tenha direito ao tratamento nas unidades do Sistema Único de Saúde ou conveniadas e ao acesso, em curto prazo, aos exames necessários. Caso confirmada a doença, há previsão de acompanhamento psicológico e multiprofissional.
“A falta de informação sobre o retinoblastoma pode causar prejuízos irreparáveis para o paciente. Embora seja tratável, é necessário que o diagnóstico seja feito precocemente para um tratamento adequado, com maior sobrevida, e maiores chances de preservação ocular e visão funcional”, explica Paulo Cezar. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), há entre 200 a 250, casos novos por ano no Brasil, e a grande preocupação é o diagnóstico tardio.