Presidente do TJ-GO, Carlos Alberto França é o entrevistado de hoje do programa "Contestando", da TV Assembleia
O programa Contestando, apresentado por Daniel Santana e transmitido pela TV Assembleia Legislativa e TV Brasil Central, está em horário novo. Agora, a edição irá ao ar nas sextas-feiras, às 19h30, com reprise aos domingos à meia-noite. Na edição que será veiculada nesta sexta-feira, 14, o apresentador, ao lado dos advogados Juliano Santana, Caio César Mota e Geraldo Fonseca, recebeu o desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Carlos Alberto França.
Vários assuntos relacionados ao avanço das ações do Judiciário em Goiás foram abordados. Santana perguntou, primeiro, ao presidente do TJ-GO o porquê da escolha do curso de direito. Carlos Alberto disse que foi fazer o curso por admirar o jurista e professor Jerônimo Geraldo de Queiroz. “Eu fiz o curso e, logo que concluí, prestei o concurso e ingressei no magistrado ainda com 25 anos de idade. E, em 2010, fui nomeado como desembargador do Tribunal de Justiça. Foram 20 anos passando por diversas comarcas do Estado até voltar para a Capital como desembargador. Durante esse tempo, conheci bastante do Judiciário do nosso Estado.”
À pergunta sobre o interesse da população nesse Poder e o impacto das redes sociais nas vidas de juízes e desembargadores, o presidente do TJ-GO respondeu que a sociedade tem o direito de conhecer bem os membros do Judiciário. “As decisões judiciais são públicas. A atuação do juiz nas redes sociais tem regulamentação própria. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou o que pode, o que não pode, o que deve, o que não deve. E o magistrado, logicamente, segue um código de ética. Nós temos nossos limites, não podemos dar opinião sobre processo em andamento, criticar a decisão de um outro colega, porque isso vai contra o sistema, não podemos fazer isso.”
Outro ponto destacado durante o programa foi o uso da tecnologia. O advogado Geraldo lembrou que, com a pandemia de covid-19, ferramentas como o aplicativo Zoom têm sido usadas e fazem parte de uma nova realidade dos trabalhos do Judiciário. O advogado Juliano Santana também questionou o desembargador sobre a utilização das ferramentas de inteligência artificial (IA) na Justiça. “Eu vejo, primeiro, que é inevitável esse avanço da inteligência artificial, não só no Judiciário, na advocacia, mas em todos lugares. Já está sendo utilizada a IA para a pesquisa, para resolver números, para juntar ações que têm a mesma temática, para facilitar para o juiz. O que nós não podemos deixar é que essas ferramentas retirem a última palavra do juiz. Por isso que existe e vai existir sempre o juiz, o julgador, a pessoa, o ser humano, para dar a última palavra”, frisou.
Os entrevistadores também falaram sobre as conquistas do Tribunal de Justiça de Goiás nos últimos anos. O advogado Caio lembrou que o TJ-GO recebeu por duas vezes o Selo Diamante no Prêmio CNJ de Qualidade, premiação máxima da Justiça brasileira. “Esse prêmio nos coloca em posição de liderança entre os tribunais de médio porte, marcando um feito histórico para a Justiça goiana. E isso mostra que estamos no caminho certo. Nosso tribunal, hoje, é referência e nós estamos à disposição de todos os tribunais do País, porque hoje o Judiciário é único”, disse.
Além desses assuntos, outros temas foram debatidos durante o encontro e podem ser conferidos na edição completa do programa. O Contestando debate os principais assuntos que acontecem no mundo jurídico e político, com analistas e convidados. As edições, além da TV Assembleia Legislativa e TV Brasil Central, podem ser conferidas no canal do Youtube.