Superintendente estadual de Saúde defende qualificação na rede de atendimento para controle de infartos
A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde do Estado de Goiás, Paula Santos, chamou atenção para a necessidade de implementação de uma linha de cuidado mais qualificada para evitar óbitos e sequelas decorrentes de infarto agudo do miocárdio (IAM). Ela disse que a qualificação depende da atuação conjunta de vários atores especializados e de melhorias nos atendimentos da rede de urgência e emergência do Estado. A manifestação se deu na audiência pública em curso na manhã desta terça-feira, 6, no Auditório Júlio da Retífica, da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Paula Santos informou que a má assistência acaba resultando em agravos, mortes e em muitas aposentadorias precoces. “As doenças cardiovasculares são a principal causa de morbidade e o IAM é uma condição patológica emergencial. Temos no Brasil 300 mil a 400 mil casos por ano, com o registro de um óbito a cada cinco a sete casos. Nos últimos três anos, Goiás registrou um aumento de 25% de enfermidades relacionadas ao IAM.”
A gestora revelou dados que mostram um volume de mais de 2 mil internações decorrentes de IAM em 2023, em Goiás. Somente neste ano, o montante já chega a quase 1,5 mil. Goiás conta com 23 unidades de internação, sendo o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) a principal delas.