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Agosto Dourado

23 de Agosto de 2024 às 16:00
Agosto Dourado
Campanha incentiva e valoriza a amamentação. A Procuradoria da Mulher reforça ações neste mês e informa que a as doações de potes de vidro serão recebidas até o dia 31, no saguão do Palácio Maguito Vilela.

A Assembleia Legislativa, por meio da Secretaria de Projetos Especiais da Procuradoria da Mulher, celebra o Agosto Dourado, instituído, no calendário oficial, pela Lei nº 13.435, de 2017. Neste mês, é reeditada a campanha anual de arrecadação de potes de vidro para incentivar e valorizar a amamentação, com ponto de coleta no saguão de entrada para receber as doações até sábado, dia 31. 

Dessa forma, a Casa busca ampliar ainda mais o alcance do aleitamento materno, conforme o regramento determinado pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), instituições que, no passado, se uniram para incentivar e criar as condições para que as mães, no mundo todo, se sintam encorajadas e confortáveis para amamentarem seus filhos, cada vez mais, buscando oferecer o melhor desenvolvimento possível por meio dos seus inúmeros benefícios. 

A secretária de Projetos Especiais da Procuradoria da Mulher, Cristina Lopes Afonso, comentou que o Agosto Dourado norteia ações que devem ser estabelecidas, baseado nas evidências de estudos que demonstram a enorme proteção nos aspectos físicos e emocionais em bebês que são devidamente amamentados com exclusividade nos seis primeiros meses e mantidos com leite materno até o final do segundo ano de vida. 

A representante da Procuradoria da Mulher elencou as amplas vantagens da amamentação: o leite já está pronto com todos os nutrientes necessários, sem custo para a família, na temperatura correta; garante maior proteção ao sistema imunológico que aumenta capacidade de resistência ao longo da vida; fortalece, sobremaneira, o vínculo mãe-bebê,. Além disso, a amamentação ainda combate algumas doenças e diminui risco de obesidade e diabetes. 

Ela defende que o ato de amamentar promove a entrega por completo do bebê, que se rende à figura materna, que cuida, alimenta e ama aquele novo ser, então, é um líquido dourado que vale muito por ter todas essas propriedades adicionais. O leite materno alimenta não somente o corpo, mas também a alma, tornando-se um alimento muito potente para a construção da infância que vai sendo construída por meio desse vínculo afetivo que transmite segurança. 

Entretanto, nem todos os recém-nascidos têm o privilégio de terem mães que conseguem amamentar e, portanto, esses pequenos podem buscar auxílio no Banco de Leite para que possam ter acesso a esse líquido rico e poderoso diariamente, pelo maior tempo possível, de preferência no primeiro ano de vida. Por isso, a doação dos potes de vidro de boca larga para armazenamento de leite materno é tão necessária, ponderou Afonso.  

Ainda de acordo com a representante da Procuradoria, “a prática da amamentação deve ser incentivada por toda a sociedade, deixando de ser uma responsabilidade simplesmente materna ou individual. A mulher, nesse período, precisa de cuidados e incentivos para cumprir assertivamente com essa missão”.  

Interação profunda entre mãe e filho

Quando a mãe coloca o bebê no colo, aconchega o seu corpo, toca, acaricia e olha com ternura para o filho, está criando laços afetivos que vão possibilitar o desenvolvimento psíquico, físico e motor. Na amamentação, a mãe alimenta não só o corpo, mas também a alma desse novo ser. Portanto, o leite materno é, sem dúvida, o melhor alimento para a vida, beneficiando também a mãe que ao amamentar reduz o tamanho do útero aumentado no período da gestação e diminui sobremaneira a possibilidade de ter câncer de mama. 

O aleitamento é considerado tão importante para a saúde pública que, nesse sentido, existe um esforço internacional alinhavado entre vários órgãos. O caderno “Saúde da Criança: aleitamento materno e alimentação complementar”, elaborado pelo Ministério da Saúde, ressalta que a amamentação vai muito além da nutrição. “É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, na sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe”, resume o documento. 

O relatório da recente pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil - Enani-2024 - reforça o papel protetor da amamentação contra doenças infecciosas e crônicas da infância e, ainda, conclui que mais de 820 mil mortes de crianças menores de cinco anos por ano no mundo poderiam ser evitadas somente com o simples ato de amamentar. O estudo consegue ainda estimar e avaliar parâmetros relacionados às práticas de amamentação em todas as macrorregiões do País.

Os dados do primeiro relatório elaborado em 2019 mostrava que apenas 43% dos recém-nascidos iniciam o aleitamento materno dentro da primeira hora após o parto e 41% dos bebês com menos de seis meses de idade são exclusivamente amamentados.  Os dados também evidenciam que o percentual mais elevado de mães amamentando, 63,5%, ocorreu na Região sudeste. O menor índice foi encontrado no Nordeste, com 55,8% de crianças recebendo esse cuidado. 

Agência Assembleia de Notícias
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