Parlamento goiano sediou lançamento do livro “Ensaio sobre a Raiva”, da socióloga Fabiane Albuquerque
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por meio da Assessoria Adjunta de Atividades Culturais, sediou o lançamento do livro “Ensaio sobre a Raiva”, obra de Fabiane Albuquerque, na noite de sexta-feira, 23, no auditório 1, do Palácio Maguito Vilela. Trata-se do segundo livro da autora mineira, e a solenidade de lançamento teve a mediação do ativista e psicólogo social Eduardo Mota, da professora Cecília Vieira e da professora Ana Rita, que discutiram o tema da obra.
Albuquerque revelou em entrevista que não poderia escolher outra cidade para lançar seu último trabalho, já que o enredo foi protagonizado, inicialmente, na capital goiana. “A história teve origem na capital, mas também entrelaço com tantas outras histórias de mulheres negras que cruzam as fronteiras de classe todos os dias, que saem de suas periferias para trabalhar em bairros nobres”, frisou.
Ao falar sobre o convite em fazer o lançamento de seu livro na Assembleia Legislativa, a autora revelou satisfação. “As emoções que geram esse universo são pouco discutidas na sociedade. Esse romance traz esses personagens do cotidiano em relação às classes sociais altas. Eu gostei do convite para fazer esse debate no espaço do Parlamento goiano, pois temos muito o que avançar”, complementou a socióloga.
A ativista revelou que sua vocação pela escrita advém da sua paixão por estudar grupos sociais e que, por isso, revolveu expressar suas ideias através de livros. “Me vi na literatura quando escrevi meu livro 'Cartas a um homem negro que amei'”, revelou.
Com um currículo notório, Fabiane é PhD em sociologia, escritora, ativista, feminista e autora dos livros "Cartas a um homem negro que amei", "A tavola com il re", "ll baule di mia nonna", e agora "Ensaio sobre a Raiva". Ela publicou, ainda, dois livros infantis na Itália, pelos quais recebeu prêmios literários.
Questões sociais
A chefe da Assessoria Adjunta de Atividades Culturais, Emiliana Pereira, falou sobre a satisfação em receber a socióloga. “É um privilégio receber uma figura tão importante com olhar crítico e principalmente na área de atuação frente a tantas questões sociais com temas tão relevantes”, ressaltou.
A gestora de atividades culturais revelou que ceder o espaço da Casa para quem deseja apresentar seus trabalhos é importante tanto para elas como para a Assembleia, valorizando o trabalho de ambos. “Nós proporcionamos um espaço de inclusão e abertura para expressar a cultura de diversas formas”, pontuou.