Bia de Lima afirma que sobrecarga de educadores causa doença
Ao fazer uso da palavra durante a audiência pública para o lançamento, em Goiás, da pesquisa “A violência contra educadores como ameaça à educação democrática: um estudo sobre a perseguição de educadores no Brasil”, a deputada Bia de Lima (PT) abordou alguns dados do estudo. Ela, que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), enfatizou que o grau de problemas que a categoria de educadores tem enfrentado é surpreendente e preocupante.
Segundo a deputada, 61% dos educadores não têm liberdade para ensinar, 86,9% têm sobrecarga de trabalho, e 90,8% afirmam que os desmandos da escola influenciam na saúde mental. "Isso é apenas uma amostra de dados da pesquisa para vocês entenderem o tamanho da demanda.”
Bia frisou que tem atuado em defesa da categoria e acompanhado a sobrecarga dos colegas de profissão. “Aumentou a jornada de trabalho, mas não houve acréscimo nos salários. Muitas pessoas estão licenciadas e vários profissionais precisam muitas vezes trabalhar em dois lugares, na rede estadual e municipal para dar conta de pagar suas contas. E a sobrecarga é muito grande.”
Ao pontuar sobre o adoecimento dos profissionais da categoria, Bia disse que vê educadores com muitos problemas. "Ninguém escolhe isso, ninguém quer ficar doente, mas a sobrecarga tem feito isso com os profissionais", pontuou, considerando que a pesquisa vai ajudar na busca de mecanismos junto ao Governo Federal, mais especificamente no Ministério da Educação (MEC), para mudar essa realidade e encontrar saídas.
A audiência pública está em curso na manhã desta terça-feira, 27, no auditório 2 da Casa de Leis.