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Debate revela desafios e preocupações com as mudanças no Ipasgo Saúde

03 de Setembro de 2024 às 12:05

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) está sendo palco de uma discussão sobre as recentes mudanças no funcionamento do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde), o plano de saúde dos servidores públicos estaduais goianos, durante uma audiência pública convocada pelo deputado Talles Barreto (UB). Com a presença de figuras políticas e administrativas, o evento trouxe luz às recentes mudanças na gestão do Ipasgo e suas implicações para os beneficiários. 

A deputada Bia de Lima (PT) expressou preocupações significativas com as alterações, ressaltando que "o Ipasgo não é do Governo, e sim do servidor, porque é o servidor que paga". Ela criticou a falta de consulta aos servidores nas decisões que afetam o plano e expressou ceticismo sobre as apresentações otimistas do presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius de Cecílio Luz, contrastando-as com a realidade enfrentada pelos usuários: "Nem parece que é o Ipasgo que nós conhecemos há 60 anos". A parlamentar também alertou para o risco de perda de cobertura por mais de 10 mil beneficiários devido às novas regulamentações. 

O deputado Coronel Adailton (Solidariedade) falou sobre a necessidade de melhorar e diversificar os locais de atendimento, especialmente para os servidores públicos do Entorno do Distrito Federal. Ele compartilhou suas próprias experiências com limitações no atendimento e expressou apoio às iniciativas para expandir a capacidade e a eficiência do serviço. 

O deputado Mauro Rubem (PT) também se manifestou, questionando o futuro do Ipasgo Saúde sob as novas regulamentações e a aparente falta de um plano claro para o atendimento contínuo e sustentável dos beneficiários. Ele expressou preocupações sobre a governança do plano, sugerindo que as decisões parecem ser mais orientadas por interesses governamentais do que pelos interesses dos servidores. 

O deputado Lineu Olimpio (MDB), por sua vez, pediu esclarecimentos sobre os impactos das mudanças jurídicas, especialmente preocupado com os prejuízos potenciais para os usuários do plano. Ele defendeu a necessidade de assegurar que nenhum beneficiário seja excluído devido às alterações estruturais. 

Em resposta, o presidente do Ipasgo Saúde, Vinícius de Cecílio Luz, tentou dissipar os temores e assegurou que esforços estão sendo feitos para não excluir nenhum dos 10 mil beneficiários afetados pelas novas regulamentações. Ele detalhou que a mudança na gestão do Ipasgo Saúde, agora como um serviço social autônomo, traz novos desafios, mas também oportunidades para melhorar o serviço por meio do aumento do número de cotas e da expansão da rede credenciada.

A audiência trouxe todas as complexidades e os desafios enfrentados pelo Ipasgo Saúde em sua transição para uma nova estrutura operacional, revelando um espectro de opiniões e preocupações entre os legisladores e o presidente da instituição.  

O debate revela tensões entre a administração e os representantes dos servidores, e aponta para um caminho em busca de soluções que equilibrem as necessidades de sustentabilidade financeira do plano, com as exigências de cobertura e qualidade do atendimento ao servidor. 

Agência Assembleia de Notícias
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