A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realizou a abertura da exposição "Césio-137 – 37 anos” no saguão do Palácio Maguito Vilela, na tarde desta terça-feira, 17. O evento, na Casa, faz parte do projeto “Praça Cultural Césio-137 – 37 anos”, idealizado pelo Centro Estadual de Assistência aos Radioacidentados Leide das Neves (CARA), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Associação Goiana de Artes Visuais (Agav).

A organização da mostra, que reúne 35 expressões artísticas, entre poesias e telas, é da Assessoria Adjunta de Atividades Culturais da Alego. As obras remetem à recordação da tragédia e um passado difícil, mas também à recuperação das pessoas afetadas pelo acidente radiológico e da economia do Estado de Goiás. 

A diretora-geral do projeto, Glauciene Freitas, falou sobre os principais objetivos da mostra cultural. “Esse projeto traz o conhecimento popular, a preservação da memória imaterial do acidente, a resiliência das vítimas e a superação do Estado de Goiás”, revelou.

Glauciene ainda revelou que o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), foi um dos entusiastas da realização do projeto na sede do Legislativo. “A Casa de Leis é representativa, e nosso intuito é alcançar o maior número de pessoas possível. O nosso presidente, Bruno, foi um grande entusiasta do nosso projeto”, frisou a diretora.

A superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Paula dos Santos, relatou a importância de relembrar o acidente para que não ocorra novamente. Segundo ela, o uso da arte para expressar a tragédia é uma forma de relembrar as consequências. “Cada quadro traz uma forma de lembrar do acidente, e, partindo desse princípio, trabalharemos para que isso não se repita”, pontuou Paula.

O presidente da Agav e autor de uma das obras da exposição, Pedro Galvão, revelou a satisfação em fazer parte do projeto. Em entrevista à Agência de Notícias da Alego, ele afirmou que a ideia do projeto é reeducar as pessoas. O quadro de Galvão, por meio de uma releitura,  retrata o rosto de Leide das Neves, menina de seis anos, e uma das vítimas fatais do acidente radioativo.

Jaqueline Felizardo, uma das vítimas do acidente e também autora de uma das obras, falou sobre a satisfação em descrever sua história por meio da arte. “É interessante contar minha história por meio da arte e relembrar a superação”, conta Jaqueline.

A chefe da Seção Adjunta de Atividades Culturais da Alego, Emiliana Pereira, também falou sobre a satisfação em abrir a exposição do projeto na Casa. “É um marco histórico realizar hoje essa exposição, rememorando 37 anos após esse acidente. É muito honroso para nós da Alego poder ceder o espaço para uma realização tão importante”, disse.

A exposição estará disponível para visitantes até o dia 30 desse mês. Na mesma data, o presidente Bruno Peixoto promoverá sessão solene em homenagem às vítimas do Césio-137.