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Parlamento homenageia pastores e profissionais de saúde que atendem vítimas do césio-137

27 de Setembro de 2024 às 16:30

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realiza, na próxima segunda-feira, 30, sessões solenes em homenagem a líderes religiosos e profissionais de saúde. A primeira solenidade terá início às 9 horas e foi proposta pela deputada Vivian Naves (PP). Na oportunidade, a legisladora irá entregar o Certificado do Mérito Legislativo a pastores que lideram obras sociais em Goiás.

À noite, a partir das 19 horas, por iniciativa do presidente da Casa de Leis, Bruno Peixoto (UB), a Alego realiza solenidade em memória aos 37 anos do acidente com o césio-137. Na sessão, serão entregues Certificados de Mérito Legislativo aos servidores da Saúde que prestam assistência aos radioacidentados.

Durante a sessão, também serão entregues Medalhas do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira à médica epidemiologista Maria Paula Curado e ao físico Walter Mendes Ferreira pelo trabalho, pela dedicação e pelo esforço que contribuem significativamente para o desenvolvimento em Goiás.

Maria Paula Curado

Goiana de nascimento, Maria Paula Curado é formada em medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG). Fez residência em oncologia em São Paulo e estagiou nos Estados Unidos e na Europa. Em outubro de 1987, após o acidente radiológico com o césio-137, Maria Paula apresentou-se como voluntária para acompanhar as vítimas do acidente. Desde então, com a experiência acumulada, a médica tornou-se uma referência internacional em oncologia e pesquisas relacionadas ao tema.

Walter Mendes Ferreira

O físico Walter Mendes Ferreira foi o primeiro profissional a descobrir que o ocorrido com a cápsula do césio-137 se tratava de um acidente radiológico. Por meio do uso de dois detectores, Walter determinou os altos níveis de radiação, o que permitiu a adoção de uma série de medidas de remediação, incluindo o correto diagnóstico das vítimas.

Acidente césio-137

No dia 13 de setembro de 1987, Wagner Mota Pereira, de 20 anos, e Roberto Santos Alves, de 21 anos, perceberam uma oportunidade de negócio e recolheram parte de um aparelho utilizado em radioterapia, que estava abandonado nas dependências do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR). Com o objetivo de vender a peça para um ferro-velho, eles removeram o lacre da cápsula. Assim teve início o maior acidente radiológico do mundo, classificado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear como nível cinco, em uma escala de um a sete.

Agência Assembleia de Notícias
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