Na sessão deliberativa ordinária desta terça-feira, 5, realizada no Plenário Iris Rezende, o deputado Major Araújo (PL) utilizou a tribuna para expressar sua insatisfação com a atual gestão do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Em discurso no Pequeno Expediente, o parlamentar relatou dificuldades enfrentadas por ele e por sua família no acesso aos serviços do Ipasgo e denunciou problemas estruturais que, segundo ele, afetam milhares de segurados.

Antes de falar sobre a pauta, porém, o deputado começou dedicando palavras de reconhecimento ao ex-deputado Paulo Trabalho (PL), destacando seu trabalho e comprometimento. Em seguida, Major Araújo trouxe para o plenário sua indignação com o Ipasgo, citando situações pessoais e de familiares para exemplificar o que classifica como “deterioração dos serviços” prestados pelo órgão.

"Meu pai, minha mãe, meus irmãos, todos são segurados do Ipasgo, e tenho que pagar exames do meu próprio bolso, porque o sistema não realiza os procedimentos, devido ao preenchimento de cotas," declarou. Ele mencionou o caso de um militar cujo filho diagnosticado com câncer enfrenta dificuldades para obter o tratamento necessário, apontando que "um dia de atraso faz diferença para que a doença se agrave".

No pronunciamento, Major Araújo também criticou a recente reestruturação do intituto, que, segundo ele, foi um retrocesso para os usuários. “Essa mudança não vale nada. Pretendia mudar o Ipasgo para melhor, mudou para pior”, desabafou.

Diante das dificuldades enfrentadas pelos segurados e da ausência de soluções, aponta ele, o deputado propôs uma mobilização junto aos servidores. Major Araújo afirmou estar disposto a liderar manifestações caso as entidades representativas não tomem a frente na defesa dos direitos dos usuários. "Cadê as nossas entidades? Se elas não fizerem, deputada Bia, eu farei. Eu vou convocar os servidores pra lá. Ninguém luta sozinho. Luta, se tiver retaguarda", enfatizou.

O parlamentar concluiu o discurso conclamando o apoio dos pares, especialmente da base governista, para que unam esforços na busca por melhorias no Ipasgo. “Eu peço aqui aos pares que não esperem chegar nessa situação. Nos ajudem, principalmente a base do Governo”, finalizou.