Bia de Lima fala sobre o fim antecipado de contratos na educação e alerta para impacto no calendário escolar
Na tarde desta quarta-feira, 6, a deputada Bia de Lima (PT) utilizou a tribuna durante o Pequeno Expediente da sessão deliberativa ordinária, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), para expressar indignação sobre a decisão de encerrar contratos temporários de profissionais da educação antes do término do ano letivo. A parlamentar, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e da Comissão de Educação da Alego, destacou que a medida compromete o funcionamento das escolas e prejudica os estudantes.
Em discurso, Bia de Lima relembrou as manifestações ocorridas recentemente em frente à Secretaria de Estado de Educação de Goiás (Seduc), onde trabalhadores protestaram contra o encerramento prematuro dos contratos. “Nós, trabalhadoras e trabalhadores em educação de Goiás, fizemos manifestações e paralisações em diversas cidades do nosso Estado, inclusive hoje na porta da Seduc”, afirmou. Segundo a deputada, a justificativa do Governo de que a decisão teria sido solicitada pelo Ministério Público foi questionada por ela. “Por incrível que pareça, utilizar o nome do Ministério Público, nesse momento, para dizer que está finalizando os contratos a seu pedido é mais um dos enredos que se utilizam comumente para justificar o injustificável”.
Bia ressaltou que a prática de encerramento de contratos temporários afeta professores, merendeiras e o pessoal de limpeza, provocando um clima de incerteza e preocupação entre os gestores escolares. “Como é que as escolas vão finalizar o ano letivo? Como é que a direção das escolas vai ter condições de concluir os 200 dias letivos, como manda o calendário aprovado pelo Conselho Estadual de Educação?”, questionou, enfatizando o impacto negativo sobre a continuidade das atividades escolares e a preparação dos estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
A deputada criticou a antecipação das provas escolares como tentativa de encerrar o ano letivo sem a devida conclusão das atividades. “Antecipar as provas achando que com isso estaria finalizando o ano letivo é um erro. O ano letivo finaliza no dia 18 de dezembro”, disse. Ela ainda mencionou que, apesar de declarações do líder do Governo sobre uma possível extensão dos contratos até o final do ano letivo, muitos profissionais estão sendo pressionados a assinar o encerramento até o dia 30 de novembro.
Em um apelo aos parlamentares da base governista, Bia de Lima ressaltou a importância de uma solução para o problema. “Sob pena de prejudicar os estudantes, de prejudicar a qualidade da educação no nosso Estado. Nós não poderemos ser primeiro lugar do Ideb, enquanto a qualidade se esvai com essa gravíssima medida de finalizar os contratos sem a finalização do ano letivo”, declarou.
Por fim, a deputada reiterou o compromisso em defesa da educação e solicitou que o Governo tome medidas para assegurar a conclusão tranquila do calendário escolar. “É por isso que eu venho aqui mais uma vez, como presidente da Comissão de Educação e do Sintego, cobrar do Governo as medidas necessárias para que o ano letivo possa ser finalizado em paz”, concluiu.