Economia sustentável
Sexto país a alcançar essa conquista, o Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). E o investimento em energia limpa é mais uma tendência para o futuro que a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) apoia. Em uma novidade que deve gerar economia de cerca de 30% no valor mensal gasto com energia, a Casa de Leis está ampliando a usina fotovoltaica em sua sede.
Antes presentes apenas sobre os blocos B e C do Palácio Maguito Vilela, as placas fotovoltaicas, que captam os raios solares e os transformam em energia elétrica, estarão agora também sobre o bloco A, no estacionamento posterior próximo à entrada da Avenida Olinda, no bosque atrás da sede e no talude do bloco C. No estacionamento, foram instalados carports solares, isto é, coberturas para os veículos feitas com módulos fotovoltaicos.
Presidente da Alego, o deputado Bruno Peixoto (UB) afirma que estimular as fontes de energia sustentáveis é crucial para o futuro das cidades e é uma tendência mundial potencializada pela crise climática. “É um investimento para a qualidade de vida das futuras gerações. A usina na Assembleia vai servir de exemplo para demais instituições em Goiás e no País”, celebra.
As obras de implantação se iniciaram em abril deste ano e a conclusão está prevista para 31 de janeiro de 2025. Após a finalização, a miniusina deve entrar em operação dentro de aproximadamente um mês. O investimento total na obra foi de R$ 3.050.00,00.
“No caso de órgãos estaduais como a Assembleia Legislativa, gera também economicidade aos cofres públicos. A instalação da usina fotovoltaica é um avanço na administração da Casa, já que é uma fonte mais barata que as tradicionais”, observa Bruno Peixoto.
Conforme explica o assessor da Secretaria de Obras do Parlamento goiano, Luiz Amaral, os principais benefícios do investimento são justamente a redução dos custos com energia elétrica e a promoção do desenvolvimento sustentável. O engenheiro conta que a estrutura está quase finalizada e as próximas etapas são, nesta ordem, cabeação elétrica, execução dos abrigos dos inversores, manutenção da subestação de energia e, por fim, ativação das placas.
Amaral detalha ainda que o sistema implementado no Parlamento goiano é do tipo on grid, que é integrado à rede de distribuição. Isso permite que o prédio continue recebendo energia da concessionária para suprir o percentual que não será atendido pela energia solar. Futuramente, caso a Casa produza mais do que a quantidade consumida, poderá receber créditos pela energia sobressalente.
Cenário brasileiro
Dados da Absolar apontam que a fonte solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira. Entre os sistemas disponíveis, ela está atrás apenas da energia hidrelétrica. Essa divisão considera a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico. Desde 2012, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos.
Trata-se de uma geração com menor impacto na natureza. Como a fonte é inesgotável, a energia é classificada como limpa e renovável. Além disso, a geração não libera gases, não produz ruídos, não polui o ar, a terra, nem a água e não interfere no aquecimento global. A energia fotovoltaica também não está relacionada à poluição das grandes cidades do mundo, sendo que a estimativa é de que mais de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico já foram evitadas no Brasil com o uso dos painéis solares.