Amauri Ribeiro questiona denúncia da PGR contra Bolsonaro
Na sessão ordinária desta quarta-feira, 19, o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) utilizou a tribuna para expressar indignação com o que chamou de "perseguição" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar se referiu à denúncia formal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), que acusa Bolsonaro e um grupo de aliados de tentativa de golpe de Estado em 2022.
A denúncia envolve um total de 34 pessoas, incluindo o ex-presidente, que, segundo o documento da PGR, teria liderado uma organização criminosa com o objetivo de praticar atos contra a democracia e consolidar um "projeto autoritário de poder". Entre os crimes imputados a Bolsonaro estão: liderança de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; além de deterioração de patrimônio tombado.
Durante discurso, Amauri Ribeiro questionou a imparcialidade do julgamento do caso, mencionando o ministro Alexandre de Moraes como possível relator do processo. "E o processo vai para quem? Alexandre de Moraes? A justiça desse País é motivo para chacota", criticou o deputado.
Ele também reclamou da atuação da PGR, afirmando que a denúncia tem viés político. "Um procurador nomeado por Lula dá respaldo a uma vergonha dessa. Estão condenando Bolsonaro por um crime que não há indícios. Por uma suposta tentativa de golpe", declarou.
A denúncia contra o ex-presidente e seus aliados faz parte de uma série de investigações sobre os eventos que culminaram nos ataques às sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. O STF deve avaliar a admissibilidade da denúncia e, caso aceite, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus no processo.