Ícone alego digital Ícone alego digital

Comissão da Criança e Adolescente acelera votação de projetos que buscam medidas de proteção à infância e juventude

09 de Abril de 2025 às 15:38
Crédito: Sérgio Rocha
Comissão da Criança e Adolescente acelera votação de projetos que buscam medidas de proteção à infância e juventude
Comissão da Criança e Adolescente

A Comissão da Criança e Adolescente, da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), realizou reunião nesta quarta-feira, 9, para análise e deliberação de proposições voltadas à proteção e ao bem-estar de crianças e adolescentes no estado. O colegiado foi presidido pelo deputado Alessandro Moreira (UB). 

Processos distribuídos

Entre os projetos distribuídos, destaca-se o processo nº 1790/23, de autoria do deputado Dr. George Morais (PDT), que propõe a criação do Programa Rota Escolar Segura. O objetivo é garantir a segurança das crianças durante os trajetos entre a casa e a escola, com foco na prevenção de abusos sexuais e outros riscos. A relatoria ficou a cargo da deputada Bia de Lima (PT).

A norma prevê, no artigo 2º, um plano de ação sobre o tema, a ser elaborado pelo Executivo por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e demais órgãos de proteção à criança e ao adolescente. Como diretrizes desse plano de ação, a medida defende que a segurança das crianças deve ser priorizada no planejamento urbano, com identificação de rotas mais utilizada nesses trajetos, além do mapeamento dos pontos de risco e vulnerabilidade ao público.

Estão previstas, também, ações em infraestrutura, como a criação de faixas de pedestres, sinalização adequada e iluminação em pontos críticos. A matéria cita possíveis parcerias com órgãos de trânsito e infraestrutura dos municípios para controle de terrenos baldios. São elencadas as parcerias a serem feitas entre comunidade, comércio local e outras instituições para ampliar a rede de apoio à segurança das crianças, além de programas educativos específicos nas escolas e capacitação de pais, professores e motoristas de transporte escolar sobre a importância da segurança no trajeto casa-escola.

Outra medida proposta pela norma pretende criar o Selo Comércio Amigo da Criança, no qual deverá conter canal de denúncias e informativos contendo os crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente.

“Ao instituir estratégias de conscientização, parcerias com a comunidade e capacitação de profissionais, esse projeto tem o potencial de prevenir situações de abuso sexual e outros riscos, promovendo um ambiente escolar mais saudável e seguro para as crianças do estado”, justifica o deputado.

Outro projeto do deputado Dr. George Moraes é o de nº 2641/24, que trata da regulamentação do uso de imagens de crianças e adolescentes por tatuadores no estado. A relatoria será da deputada Vivian Naves (PP).

Já o processo nº 20564/24, de autoria da deputada Bia de Lima (PT), institui a Campanha Permanente Rede de Proteção: Diga Não ao Abuso Infantil, que visa a oferecer atendimento e apoio às vítimas de abuso e violência sexual. O relator designado foi o deputado Issy Quinan (MDB).

Projetos discutidos e aprovados

Cinco matérias foram discutidas e receberam parecer favorável para aprovação. Entre elas, o processo nº 6435/23, de autoria do deputado Talles Barreto (UB), institui uma campanha de conscientização sobre crimes cibernéticos envolvendo o uso indevido da inteligência artificial contra crianças e adolescentes. O relator, deputado Delegado Eduardo Prado (PL), emitiu parecer favorável à proposta. 

O propósito dessa matéria é “alertar e desencorajar crianças e adolescentes sobre o uso de sites de inteligência artificial para produzirem qualquer tipo de material, seja a recriação de fotos, montagens com fotos que exponham e/ou ridicularizem”.

O texto estabelece que se deve “promover debates sobre a ética e as consequências dos crimes que podem ser cometidos por meio do uso indevido das novas tecnologias”. O artigo 4º fala em conscientizar professores, familiares, alunos e demais envolvidos no ambiente escolar sobre o perigo do uso indevido da inteligência artificial e os crimes cometidos com seu uso.

Também foi aprovado o processo nº 3435/24, de autoria da deputada Bia de Lima (PT), que cria a Política Estadual de Controle Parental do Acesso à Internet. Essa matéria foi relatada pelo então deputado Renato de Castro (UB).

Outros três projetos aprovados tratam da proteção de crianças e adolescentes em ambientes escolares e virtuais:

- Processo nº 10631/24, da deputada Vivian Naves (PP), que trata da divulgação de material educativo sobre escuta especializada nas escolas, com relatoria da deputada Bia de Lima (PT);

- Processo nº 4583/24, do deputado Wagner Camargo Neto (UB), que institui a Política Estadual de Combate ao Suicídio de Crianças e Adolescentes, relatado pelo deputado Cairo Salim (PSD);

- Processo nº 14320/24, de autoria do deputado Wilde Cambão (PSD), que cria políticas de proteção contra brincadeiras nocivas e desafios perigosos em ambientes virtuais, sob relatoria da deputada Vivian Naves (PP).

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.