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“Basta de violência política de gênero”, ressalta deputada Bia de Lima após ato de apoio

28 de Maio de 2025 às 08:56
“Basta de violência política de gênero”, ressalta deputada Bia de Lima após ato de apoio

Durante sessão ordinária nesta terça-feira, 27, a deputada estadual Bia de Lima (PT) ressaltou o pedido de “basta de violência política de gênero”. A sessão aconteceu logo após o ato em apoio à parlamentar que reuniu um número expressivo de entidades representativas, além de autoridades e apoiadores, em razão das agressões praticadas pelo deputado estadual Amauri Ribeiro (UB).

Por iniciativa de algumas entidades, foi entregue um documento de solicitação de providências em relação à representação formal em face do referido deputado, por uma comissão composta por Layse Moriere, secretária de Mulheres do PT de Goiânia, Lucia Rincón, da União Brasileira de Mulheres (UBM), PCdoB e CTB, Neia Vieira, do Sindsaúde, Teka, do SINTFESP, Roseane Ramos, da CUT, Iêda Leal, do Sintego, e Gláucia Teodoro, da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ).

O pedido, que requer medidas imediatas, foi entregue para o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), bem como para o corregedor da Casa, Julio Pina (Solidariedade), para a procuradora especial da mulher, Dra. Zeli (UB), e ao presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, Charles Bento (MDB).

“Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas o respeito é fundamental. A lei deve ser cumprida por todos, inclusive pelos deputados e deputadas. Como professora, sempre respeitei todos, especialmente o contraditório. Mas, aqui, tenho sido atacada diariamente, porém não é pelas minhas ideias, é por ser mulher, por estar na luta em defesa dos trabalhadores, dos mais frágeis, esse é o meu papel. O importante é que não vão me intimidar, não vão me calar, só acredita nisso quem não me conhece”, afirmou ela.

Na ocasião, Bia de Lima agradeceu o apoio que ela tem recebido desde as últimas agressões feitas pelo deputado. No total, a parlamentar recebeu mais de 80 manifestações de solidariedade, de todos os cantos do país.

“Agradeço a presteza da Presidência desta Casa pelo encaminhamento da representação ao Conselho de Ética. Acredito na seriedade da condução deste processo e tenho certeza absoluta que os pares não serão coniventes com a impunidade. As questões ideológicas não chegam à Comissão de Ética, elas acontecem diariamente, a gente discute no campo das ideias. Mas, infelizmente, não é isso que vem acontecendo, todos são testemunhas das reiteradas formas medíocres e violentas que são dirigidas a mim”, disse Bia de Lima.

A parlamentar ressaltou ainda que o que está em discussão é a civilidade no Parlamento. “Não cheguei aqui sozinha, não estou só, não ficarei só. A minha voz, o meu trabalho, a minha luta, não é só por mim, as minhas pautas não são só minhas, elas são historicamente conhecidas e públicas. São anos defendendo quem não tem voz. Estamos tratando da respeitabilidade desta Casa. Basta de violência política de gênero”, concluiu.

Histórico de agressões

Bia de Lima já representou contra Amauri Ribeiro seis vezes. Na última quinta-feira (22/5), a parlamentar apresentou uma representação contra o deputado Amauri Ribeiro na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar.

No documento, a parlamentar ressalta que “o comportamento do deputado (Amauri Ribeiro) não apenas reiterou as condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, como também extrapolou os limites do embate político e da divergência ideológica, assumindo contornos de violência simbólica, verbal e potencialmente física contra uma parlamentar mulher no exercício pleno do mandato.

Conforme o documento, o conteúdo da fala do parlamentar, durante a sessão ordinária de quarta-feira (21/5), foi “evidentemente calunioso e ofensivo, imputou à deputada a prática de conduta criminosa gravíssima (pedofilia), extrapolando de forma evidente os limites da imunidade parlamentar”.

As insinuações e ataques machistas sobre a vida privada de Bia, geraram discussões entre os parlamentares e o encerramento das sessões ordinárias. Logo após o episódio, Amauri intensificou os ataques e foi à área de bastidores do plenário, local chamado de “cafezinho”, para reclamar do encerramento da reunião ao presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB).

Após as agressões verbais, Ribeiro se descontrolou, partiu para cima de Bia de Lima e precisou ser contido pela polícia legislativa.

Ao chegar no local, ele encontrou Bia de Lima e o deputado Mauro Rubem (PT), que também procuravam por Peixoto para reclamar da situação. Foi nesse momento que a discussão ganhou nível de gritaria. Os parlamentares trocaram agressões verbais, Ribeiro se descontrolou, partiu para cima dos petistas e precisou ser contido pela polícia legislativa.

Porém, os ataques de Amauri contra a deputada não são uma novidade. Bia de Lima já representou contra ele por quebra de decoro ao longo dos dois primeiros anos de legislatura, mas nada foi feito. Ela reforça que o comportamento do referido colega de Parlamento é inadmissível e vai tomar todas as providências cabíveis.

Gabinete Dep. Bia de Lima Conteúdo de responsabilidade do deputado e sua assessoria de imprensa, não representando opinião ou conteúdo institucional da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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